Cansei de ser vetor. Cansei de ser módulo, e de ser trajetória. E de ser índice, ser ponto referencial, ser tração, ser aceleração, ser movimento. Tanto exercício cansa.
Cansa te ver se debatendo. Te ver na janela, à espera, do quê? Ainda guarda esperanças do quê? Cansei de te ver chorando, de te ver resmungando, sair de fininho. Cansei de cuidar de você, de esquecer de cuidar de você, cansei de deixar pra lá. É sempre uma interrogação que acaba ficando pro final: Por quê?
Cadê? Cadê aquela outra mulher?
Eu tenho medo de ficar na janela, à espera, igual a você.
Só de pensar na vista de lá eu fico com arrepios... de ver o que se pode ver, quando tanto faz o que tem pra ver.
Medo de ver. De enxergar. Saber, e todas essas coisas envolvidas.
Chove do lado de fora. Eu penso no sonho que tive. No sonho, existia um quê de perfeição: não que fosse um sonho perfeito, muito longe disso, é um sonho de tragédias, mas alguma coisa ali dentro era perfeito.
Sei que as pessoas são aquilo que querem ser. Sofrem aquilo que querem sofrer. E o sofrimento que digo não é este sofrimento banal, mas o sofrimento de consequência (agora sem trema). É disso que falo.
Caneca de chá. Som das rodas passando no asfalto molhado. Um vento aqui, outro ali. O sonho. – Gente andando,por todas as partes e por todas as direções, e eu. Eu não estou sozinha, estou com você. Você do meu lado, você na minha frente, você me acompanhando, mas não você comigo. Nunca, na mesma palavra. Não de um jeito como já foi.
-----o----
É mais um pesadelo do que sonho. Entendo, por fim, que você me esqueceu, me deixou de lado, pra lá. Me mandou para as baratas.
Ignorou qualquer suposto sentimento que mereça um comentário explicativo.
E eu já me fiz entender.
Chame seu táxi agora.
Um comentário:
Só esperar mais uma ou duas semanas e vc vai descobrir o final da história =D
mas... posso dizer que é o final é bom!
[prazer]
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