Champagne Supernova

Era primavera.
Eu te vi sentado, sozinho. Você usava laranja, eu usava branco.Era um ambiente agradável, aconchegante. Você não dançava, não conversava, não se soltava, não se envolvia. Era encantador(Explosão).
Em cima da mesa, o açúcar, derramado, afundado. (Era açúcar mascavo, da cor da lama).
Eu tinha perdido. Estava vazia. Você quis entrar, mas eu não deixei. Não achei que fosse o melhor momento.
Eu confundi os nomes, na verdade era Bossa Nova. Eu quis te dar um nome. Mas não consegui. Eu fui te abraçar, e me esquivei quando vi você de costas. Champagne, muito champagne.

O tempo passou. Passou tanto tempo que já era outra primavera. Era uma primavera pior. Foi um ano complicado, mas você voltou, e eu fiquei feliz por te ver de novo: agora vai ser diferente.

Você me puxou pela mão:
‘Vamos sair para ver as estrelas, vamos.’
Alguma supernova nasce quando olho pro céu.
Não consigo sustentar o seu olhar por muito tempo. De fora dava pra ver a distância de onde nascemos.
Era um jardim grande, e a grama estava alta. Talvez eu não queira saber como é que seu jardim cresce.


Seu silêncio me incomoda.A lua continua no céu todas as noites, é a gente que não pode ver sempre. Quantas vidas estão vivendo estranhamente?


Algumas pessoas choraram quando ouviram nossa história(Explosão). Champagne, muito champagne.


Por que ela nunca morre nos sonhos dos sonhadores?!