terça-feira, 9 de março de 2010

Vulnéravel

Eu era tanta coisa.
E sobrou tão pouco. Sobrou tanto pouco, pouco saliente,pouco transbordando. E de tanto transbordar, de tudo, quase que não sobrou nada.

Talvez uma mémoria em um momento de fraqueza, talvez um reconhecimento inválido, uma esperança ansiosa, mas morta.
Tem vezes que a gente prefere o excesso, escolhe a sobra. E descobre no final, quando ele chega, que transbordar foi um erro, foi um suícidio. Foi besteira, foi em vão.

E a música ambiente, na padaria, que você nunca ouviu te faz lembrar de coisas que nunca existiram, e é claro, dói.
"Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time"

A dor do que nunca existiu é a que mais deixa feridas. Mas as distrações rumo ao esquecimento estão vindo, e caso você não as interrompa (e este espaço para você está tão aberto, está gritando o seu nome e implorando de joelhos para que você mude isso, um pouco só de atitude) assim vai ser. E, se assim que quer, assim será.

Eu vou, pra não voltar.


"I have a photograph
Preserve your memories, they're all that's left you"

3 comentários:

Gota disse...

"You were always on my mind"

...

Que bunitinho


ahuahuahuhuahuahua

Isabela disse...

Err, era segredo. E é a música da padaria :P

Bia disse...

Muito bom^^

Mas de uns tempos pra cá, tenho aleve impressão de que vc está postando coisas u pouco... pessoais

hehe
normal