domingo, 12 de setembro de 2010


As noites eram quentes e não havia vento algum. As estrelas se esforçavam para brilhar, a lua, sorria. Mesmo assim, a tempestade acontecia.
Em uma dessas noites, e depois de muito tempo, Abelhinha decidiu fazer uma visita surpresa à Flor, ela sempre gostou das surpresas dele. Eles não se viam há tempos, ele sabia que ela gostaria de uma visita. Nesse dia eles sorriram, e não perceberam que as folhas nasciam uma por uma, calmamente. ‘É bom te ver de novo, Flor.’ ‘Eu não gosto, você mexe com coisas que já foram deixadas de lado’ ‘ Eu sei que errei, eu não queria que o fim fosse assim’ ‘ Nós sempre erramos muito mesmo’.
Ela fitava os sorrisos no canto de seu rosto e não conseguia esconder. Ela entendia perfeitamente, ele sabia que estava fazendo a coisa certa.
Nunca mais viajaram, nunca mais foram à museus, nem ao cinema. Flor não suportava os lugares por onde haviam passado, eram todos carregados de lembranças boas que ela desejou que não tivessem acontecido. Ele tinha aprendido a deixar de ser.  ‘nós podíamos mudar e preferimos deixar como estava, agora estamos aqui, vítimas dos nossos erros, sem saber como se encarar.’ Ele não gostava de quando ela não tinha esperança, ela não gostava de quando ele deixava ela de canto.
Eles se esqueceram, e continuaram afastados. Tantas flores morreram, muitas outras nasceram, eram verdes e vermelhas e roxas, e a luz mudava conforme os dias iam passando. Existiam outros lugares inexplorados, ela se lembrou um dia, e resolveu procura-lo.
‘Vamos, descobri um parque novo, lá as flores nunca morrem’ ‘Você é o tipo de garota que se encaixa no meu mundo. Eu te daria tudo, tudo, se você quisesse coisas.’
O inverno era quente, pouca coisa fazia sentido nesse época do ano. Foram à novos lugares, conheceram uma sala cheia de melodias musicais, lá algumas rimam, algumas ressoam,a maioria delas são mecanismos. Ele inseguro mas cheio de expectativa decidiu fazer o convite:
“Vamos para outra sala
E as faremos funcionar”.
Ninguém entendia como eles entendiam. Eles não sabiam o que fazer mais, sempre souberam tão bem o que ia acontecer, e agora não sabiam, sentados na grama, vendo ela crescer.

8 comentários:

Felipe Mandu disse...

Você se contradiz demais, isso é bom, parece que você esta com pouco tempo para ter uma grande conclusão.

mvpetri disse...

O boy tira conclusões em demasia, nem sempre acerta, porém.

Felipe Mandu disse...

O Marcoleta sempre tem conclusões sobre minhas conclusões e as disfarça de comentarios efemeros.

mvpetri disse...

Efêmero não é a palavra que quis usar.

Felipe Mandu disse...

Eu tenho corretor ortografico no computador...

Anônimo disse...

É um bom texto, e bem bonito... continuação de um outro, também bonito. Mas ainda assim agride termos éticos impostos subversivamente, run. rs

mvpetri disse...

ortograficamente a palavra está correta. A semântica é quem não aceita. Parei de ser chato, estamos aqui ofuscando o texto da isa hehe

Felipe Mandu disse...

Ah markoleta. eu estava falando isso de corretor ortografico no pc para isa. Porque ela estava me corrigindo em outro texto, que ela não entendeu a idéia de se colocar uma palavra errada, imagina ela lendo guimarões rosa.

Mas a semantica esta correta sim, pois eu quis dizer que seus comentarios são efemeros, pois eles só existem em vida como resposta para minhas conclusões, mas na verdade isso é um disfarçe para algumas conclusões suas.