quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Ao Anônimo #007

Você sempre reclama de estar se sentido só. Mas quantas vezes já veio me dizer também que anda sufocada?!

É difícil achar um mediano, não?! Assim como sempre se precisa de tempo, quando se tem, não se aproveita, e ainda se desespera. É nisso que eu estou ultimamente.
Contou-me do seu (mais uma vez) cansaço. Não tem o que falar, não sei te explicar porque essas coisas acontecem, mas que acontecem, acontecem, é fato, e em vez de perder tempo martelando no por quê, você podia sair e subir, aprender a lidar com isso, ficar alerta pra afastar a próxima vez.

Converso com pessoas todos os dias e todos os dias elas me dizem coisas parecidas. Que a vida delas anda confusa, que estão cansadas, sem motivação, perdidas. Esquisito, não?! Todo mundo na mesma onda...

Mas confesso que você mudou, percebi que esconde o que sente de mim. Quase não conversamos mais, não consigo mais ser como antes com você. Será que você percebe?!

Tudo que tenho de você hoje são notícias. Depois que as coisas explodem, e se espalham por aí, algo ressona nos meus ouvidos, e eu fico só com as divergencias. As vezes dou risada, as vezes me preocupo... mas assim, longe de você, não dá pra fazer muito, concorda?!

Bom, tinha que ser breve. Evitar o sentimentalismo.
Quanto aos seus descasos, não sei o que te falar. Você se envolveu tanto da última vez... acho que foi isso que me fez te perder. Sei do quando foi bom, quando você fala sobre isso, irradia. É uma explosão. Que te expande.

Mas só queria mesmo te deixar esse bilhete. Nada sério, só uma lembrança... sei que você volta uma hora.