Silent all these years

"Quando você sonha, algumas vezes você se lembra.
Quando você acorda você sempre esquece."
Sonho dos Perpétuos




Que burrice a minha (E burrice existe sim. É algo bom e ruim, bom porque cada vez que você faz ela desaparecer de você, sabe que de algum modo cresceu, e ruim, porque fica imperceptível para si mesmo em alguns seres humanos, agravando tudo.) pensar que essa onda de caos era azar. Não que eu tenha realmente causado tudo ao meu redor, não sou um centro não, mas que metade disso era tempestade, claro que era. E ninguém quis me contar. Ninguém olhou dentro do meu olho e me disse verdadeiramente: ' é você quem está fazendo esse drama todo'.

O que aconteceu foi que no mesmo instante que eu me vi livre (e eu não canso de dizer, tinha mesmo me livrado de tudo, amigos, compromisso, mãe, casa, carro, carreira, qualquer coisa que prende o ser humano), senti algumas borboletas aqui no meu estômago (causado também pela gastrite, mas não dessa vez)e fiquei levemente desesperada. E vêm também àquela pergunta deleitosa, onde todas as possibilidades te atingem: E agora?

E agora? Senta e goza. Ou corre e goza. Corre, corre que é melhor. A instabilidade é desesperadora sim, mas é desafiador, te causa adrenalina. Poder escolher em um minuto anterior foi pra mim, o caos, que pequeno absurdo aqui. Mas passou. São tempos de mudanças. Deliciosos tempos de mudança. Agora tenho novas correntes aqui, pequenos e brutos objetivos, que de nada servem além de ser pra mudar de ares, mudar de cores.


É só parar e prestar atenção nas cores. As cores não funcionam, elas não são pra nada, só pra ver. E vendo se sente, e sentindo se percebe: quase tudo que é absurdamente colorido, é monocromático. E possui todo o destaque por ser assim. Mas não deixa de ser uma explosão, principalmente quando se muda de uma cor pra outra. E assim, muda a paisagem e o que há nela, apesar dela ser a mesma.


(Falta uma frase aqui que logo será colocada. Não percam.)
(A frase era muito sem sentido, então, esqueçam.)