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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Bandolins
Acendo um cigarro, coloco Bandolins para tocar em looping. Um pequeno ritual. É segunda-feira. O peito dói por êne motivos, depois dos quatro dias chamados de santos e tantas mas tantas aprendizagens, me tirados assim, por ser segunda-feira. Têm tanta informação para ser processada. Como é bonito a entrega.
Deixar levar, deixar viver, deixar acontecer. Deixar que seja bom, deixar que seja ruim. Deixar ser como será.
O cérebro há de avançar e ser mais fiel ao seu dono. Depender das lembranças e do bom julgamento, depender da razão, depender das emoções, é com C de Cinema, C de Culhões e de Coração e de Cabeça que se caminha. Conserva o que há de construtivo.
Não gosto de nada que tem fim. Quero assinar contrato de eterno (como o som daquela àgua correndo) com tudo que seja intenso. Seja os sorrisos desses meninos e a felicidade do botequim. Vamos fechar os olhos e mandar ver, vamos pisotear nossos julgamentos quase sempre errados e vamos.
Vamos que o mundo não deixa de surpreender, mesmo que a solidão seja palpável e real, vamos acreditar que somos juntos e que ainda temos muitos mundos para descobrir.
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sábado, 12 de fevereiro de 2011
Confissão Imáginária
Com movimentos lentos, sentou-se ao lado do telefone e o pegou sem pressa alguma. Discou os numeros, delicadamente.
-Alô.
-Oi.
-Ah, você! Oi.
-Como é que tá por aí?
- Tranquilo. Mesmo de sempre. Nada de novo.
-Sei.
-E aí?
-Bem. (...) Eu estou bem feliz, sabe? De verdade. Pareço até uma criança boba que se alegra com qualquer careta. Andei pensando um bocado sobre essa felicidade que me pegou de jeito. Ela tem muitos motivos, viu.
-Ah, bom saber então! Eu não tenho motivo pra estar feliz não. Só no 'keep walking' aqui.
-É, né. Foi por isso que te liguei. Será que você consegue me ouvir e ver se eu estou exageradamente feliz, ou se é felicidade mesmo?
-Manda bala.
-Tá tudo uma maravilha lá no trampo. Cada dia tem uma notícia melhor, a coisa tá realmente indo pra frente, sabe? A gente é bom no que faz, a repercursão é boa.
-Hum.
- Tô super bem com o pessoal. A gente criou um companherismo que é novidade para mim. A gente aceita os defeitos uns dos outros, porque aconteceu com a gente também. Parece que tá todo mundo aceitando que é humano por aqui, precisa ver. Esses dias a gente chegou eram umas quatro da manhã aqui em casa. Rolou maior conversa bacana. Não quero esquecer essa conversa.
-Pô, que bom.
-Eu conheci um cara muito legal. Parece até que é de mentira, sabe? Tinha até esquecido como é bom acordar com mensagens de bom dia. Faz realmente o dia ser bom. E foi tudo muito rápido, é intenso do jeito que eu gosto. Bom, vocês vão se conhecer, aí você vai ver.
-Certo, só marcar.
-Esse lugar novo, é fantástico. Como o ambiente muda o humor, cara. Tem que ver como é gostoso aqui. Tá sem defeito algum. Não vejo nadinha errado.
-Good vibration total, hein?!
-Não é? Fico até sem saber como reagir. Fico meio histérica.
-Ah mas cê sabe o que é né? É aquela coisa que acontece. Tipo um alinhamento, manja? As coisas se alinharam pra ti. E toda essa coisa de energia. Coisa boa atrai coisa boa. E atração rola nas coisas pequenas, não é aquela coisa babaca de ficar escrevendo um pedido trinta mil vezes num caderninho de wish list. E querer e correr atrás. Você é boa nisso.
-Sério que é isso que você pensa? É isso que eu penso também. É engraçado né. Felicidade tem mania de parecer fake. Aquela coisa de ser bom de mais pra ser verdade.
-É plenitude.
-Será que dura?
-Ah, dura sim.
-Vamos ver, né. Pô, tava até pensando em comprar um peixe.
-Por quê?
-Sei lá, sempre quis ter um peixe. Dois, na verdade.
-Peixes são tão distantes. Não entendo peixe como pet.
-Ah, sabe o que mais? Tô conseguindo ler e estudar de novo. Só coisa boa, bicho.
-É a harmonia.
-Os hippies estavam certos.
-Os hippies? Certos em quê?
-Essa coisa de paz. Estou em paz.
-Ah, não é? Cê tá me contagiando, viu.
-Tá fazendo o que?
-Tô vendo um filme. Um do Woody Allen. O cara me fascina cada vez mais, um dia vou escrever diálogos como ele. E não vai demorar.
-Vamos beber uma cerveja? Termina de ver o filme aí enquanto eu me arrumo. Te encontro aí na sua casa e a gente vê onde a gente pode ir. Fiz a maior confissão agora, quero saber um pouco da tua vida também.
-Vamos. Não tenho muita coisa pra contar não, mas a gente joga conversa fora, sim.
-Fechou. Até daqui a pouco então.
-Até.
Esperou ele desligar. Ouviu o tuu-tuu do telefone, levantou, aumentou o som e se trocou, sentindo cada pedaço de tecido deslizar, a brisa leve que corria pelas janelas atravessando o corpo, muita luz em todos os lados.
-Alô.
-Oi.
-Ah, você! Oi.
-Como é que tá por aí?
- Tranquilo. Mesmo de sempre. Nada de novo.
-Sei.
-E aí?
-Bem. (...) Eu estou bem feliz, sabe? De verdade. Pareço até uma criança boba que se alegra com qualquer careta. Andei pensando um bocado sobre essa felicidade que me pegou de jeito. Ela tem muitos motivos, viu.
-Ah, bom saber então! Eu não tenho motivo pra estar feliz não. Só no 'keep walking' aqui.
-É, né. Foi por isso que te liguei. Será que você consegue me ouvir e ver se eu estou exageradamente feliz, ou se é felicidade mesmo?
-Manda bala.
-Tá tudo uma maravilha lá no trampo. Cada dia tem uma notícia melhor, a coisa tá realmente indo pra frente, sabe? A gente é bom no que faz, a repercursão é boa.
-Hum.
- Tô super bem com o pessoal. A gente criou um companherismo que é novidade para mim. A gente aceita os defeitos uns dos outros, porque aconteceu com a gente também. Parece que tá todo mundo aceitando que é humano por aqui, precisa ver. Esses dias a gente chegou eram umas quatro da manhã aqui em casa. Rolou maior conversa bacana. Não quero esquecer essa conversa.
-Pô, que bom.
-Eu conheci um cara muito legal. Parece até que é de mentira, sabe? Tinha até esquecido como é bom acordar com mensagens de bom dia. Faz realmente o dia ser bom. E foi tudo muito rápido, é intenso do jeito que eu gosto. Bom, vocês vão se conhecer, aí você vai ver.
-Certo, só marcar.
-Esse lugar novo, é fantástico. Como o ambiente muda o humor, cara. Tem que ver como é gostoso aqui. Tá sem defeito algum. Não vejo nadinha errado.
-Good vibration total, hein?!
-Não é? Fico até sem saber como reagir. Fico meio histérica.
-Ah mas cê sabe o que é né? É aquela coisa que acontece. Tipo um alinhamento, manja? As coisas se alinharam pra ti. E toda essa coisa de energia. Coisa boa atrai coisa boa. E atração rola nas coisas pequenas, não é aquela coisa babaca de ficar escrevendo um pedido trinta mil vezes num caderninho de wish list. E querer e correr atrás. Você é boa nisso.
-Sério que é isso que você pensa? É isso que eu penso também. É engraçado né. Felicidade tem mania de parecer fake. Aquela coisa de ser bom de mais pra ser verdade.
-É plenitude.
-Será que dura?
-Ah, dura sim.
-Vamos ver, né. Pô, tava até pensando em comprar um peixe.
-Por quê?
-Sei lá, sempre quis ter um peixe. Dois, na verdade.
-Peixes são tão distantes. Não entendo peixe como pet.
-Ah, sabe o que mais? Tô conseguindo ler e estudar de novo. Só coisa boa, bicho.
-É a harmonia.
-Os hippies estavam certos.
-Os hippies? Certos em quê?
-Essa coisa de paz. Estou em paz.
-Ah, não é? Cê tá me contagiando, viu.
-Tá fazendo o que?
-Tô vendo um filme. Um do Woody Allen. O cara me fascina cada vez mais, um dia vou escrever diálogos como ele. E não vai demorar.
-Vamos beber uma cerveja? Termina de ver o filme aí enquanto eu me arrumo. Te encontro aí na sua casa e a gente vê onde a gente pode ir. Fiz a maior confissão agora, quero saber um pouco da tua vida também.
-Vamos. Não tenho muita coisa pra contar não, mas a gente joga conversa fora, sim.
-Fechou. Até daqui a pouco então.
-Até.
Esperou ele desligar. Ouviu o tuu-tuu do telefone, levantou, aumentou o som e se trocou, sentindo cada pedaço de tecido deslizar, a brisa leve que corria pelas janelas atravessando o corpo, muita luz em todos os lados.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Sobre momento ou Diálogo Imaginário
Questionou a cara de paisagem.
-Que está pensando?
-Adivinha só?! Estou lembrando, como sempre.
-Assim imaginei.
-Sinto um pequeno conforto em lembrar. As lembranças a gente só pondera, não muda. O desconforto do presente não existe no que acabou.
-Compreendo. Mas pense um pouco mais, este momento está sendo perdido.
Olhos confusos.
- Acorda. Não perca esse momento. É preciso acabar com essa tristeza.
-Que está pensando?
-Adivinha só?! Estou lembrando, como sempre.
-Assim imaginei.
-Sinto um pequeno conforto em lembrar. As lembranças a gente só pondera, não muda. O desconforto do presente não existe no que acabou.
-Compreendo. Mas pense um pouco mais, este momento está sendo perdido.
Olhos confusos.
- Acorda. Não perca esse momento. É preciso acabar com essa tristeza.
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domingo, 4 de julho de 2010
Doze horas
(pensei que este dia não podia passar em branco. Sendo a pessoa prática que eu tento ser e vendo tudo friamente, nada de mais, mas bom... eu não sou assim, né? Então, vamos à mais uma visão deturpada de um dia de domingo: )
Que delícia é acordar depois de dormir três horas, depois de ter dormido mal a semana inteira. Que delícia é acordar com um amigo para falar bom dia, comentar sobre o dia anterior, trocar uns comentários sobre nosso futuro dia. Pois bem, fiz um almoço desses bem mamãe, diga-se de passagem que adoro ter tempo para cozinhar, encaro como arte também, picar cebolas, medir o tempero... não é para qualquer um!
E bom, vamos nos arrumar, logo teremos visitas. Me arrumar também é uma arte. Antes não era, mas depois que minha mãe me bombardeou com a crise dela de “minha filha não tem roupas”, ficou bem difícil, um paradoxo que enfrento todos os dias. Pois bem, mal terminei de me vestir, estou ainda colocando os tênis quando chega o amigo distante. Saímos para conversar e tomar uma cerveja logo ali, aqui perto não dá, as pessoas achariam estranho nos ver juntos, vamos para um lugar menos óbvio. Vamos conversar, fala sobre nada, falar sobre músicas que é o meu assunto preferido contigo, vamos ser mais diretos.
Adoro ser direta.
Logo que me despedi do amigo distante, liguei para a amiga distante, e passamos uma hora inteira dando risada e falando besteiras, como se só estivéssemos dois fins de semana sem botar o assunto em dia. Estas coisas me fazem sentir que é de verdade.
E assim que desligo com ela, meu celular toca, oba, vamos ao teatro, vamos ver o pessoal do trabalho.
Mais uma vez aquele processo de me vestir, e assim que termino, alguém estaciona do lado de fora de casa, mais uma assombração, perdoe por te chamar assim, mas foi algo assim. Tal assombração fica comigo por uns quinze minutos, e foi uma avalanche, uma porção de tapas na cara, vomitou várias verdades e se foi. Era para eu ter te encontrado depois do teatro, mas me perdoe, não deu.
E eis que chego no teatro atrasada. A peça já havia acontecido, mas o que valeu foi a intenção. Olhei para a cara do professor adorado, e ele não pensou duas vezes: agora a gente vai beber em casa! Adoro este sujeito, prático e direto!
E lá fomos nós, conversamos sobre as bizarrices que nos envolvem, fizemos planos para o futuro, bebemos um vinho e comi sua deliciosa torta, descobri mais dois que adoram pizza de atum, e me deixou feliz.
Vou para casa, antes que não tenha mais ônibus, e quando sento no ônibus, vem aquela pequena avalanche de pensamentos...: Mas que dia!
Sentei aqui na cadeira do computador, peguei um cigarro e pensei: Não foi um dia qualquer, foi um daqueles dias que merecem ser lembrados. Pessoas que amo envolvidas, numa oportunidade única, em um dia só. Como já diz um filme, poucos serão os dias que vamos nos lembrar. A maioria são dias rotineiros, que acabam, e ficam por isso mesmo. Mas hoje, hoje eu quero levar comigo para sempre, sempre poder sentar numa cadeira confortável, fumar um cigarro e pensar...: Que dia!
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terça-feira, 29 de junho de 2010
Junho, vinte e nove - Na padaria mais uma vez.
Ela tinha uma estatura média, cabelos amarelados, bagunçados, nem ondulados, nem lisos. Uma mistura de roupas de lã com tênis-de-última-geração, e, o principal, uma cara de confusão, in-con-fun-dí-vel. Observava tristemente um pedaço de torta de frango, não sei se o comia ou se só o tinha ali para disfarce. Pois fome, parecia não ter. Olhava do relógio na parede para o celular,do celular para a TV, e da TV para os funcionários, zanzando de um lado para o outro, comentando o futebol quando se cruzavam na copa.
Eu sei bem o que acontecia com aquele pedaço de coração aflito. A pobrezinha estava na espera, conheço bem este tipo. Era tomada por angustia, desespero, cerrava os dentes, arranhava o garfo no prato, batia o pé no chão.
Minha vontade era me levantar desta mesa confortável, deixar meu café frio de lado, e contar para ela: que isso não vai levar ela a nenhum lugar, que ela tem que tirar esse peso das costas, antes que desabe tudo sob o seu corpo frágil, que a aflição é para os corações dos fracos, os corações fortes não se permitem tal ousadia. Que antes, quando me permiti ser tomado por tais gasturas, quase me perdi, nessa tentativa diária de se encontrar. Contaria para ela que a vida é mesmo feita de desencontros, que quem sabe, viram encontros, que muita coisa se perde nas traduções.
Que o melhor é esquecer. Fingir pra si mesmo que tal cólera não existe, e fingir tanto e tão bem, até o ponto onde seja de verdade. Onde o fingimento vira realidade, e o esquecimento vai ter vez, o brilho eterno de uma mente sem lembranças é uma pequena benção, um presente que se tira do resultado de tanta expectativa.
Pois bem, levantei-me e fui em direção ao caixa. Paguei meu café e abandonei ali aquela alma perturbada, que eu tanto conhecia. Talvez covardia, não sei. Talvez a conformação de que ninguém pode fazer nada por ninguém, é cada um por si, não adiantam os conselhos para os que não querem ouvir, cada um precisa da sua experiência.
Penso que deveria ter ido para que ela soubesse que não está sozinha. Que neste mundo louco, todo mundo ora beira o abismo, ora salta dele com um paraquedas. Tenho a esperança tristonha de que ela não se acabe ali, naquela torta deprimente, naquela tarde morna. Sorrio, e abandono aquela padaria cinzenta, deixando um pedaço de mim para ela, talvez o número do telefone, para que me ligasse se sentisse tal vontade.
Eu sei bem o que acontecia com aquele pedaço de coração aflito. A pobrezinha estava na espera, conheço bem este tipo. Era tomada por angustia, desespero, cerrava os dentes, arranhava o garfo no prato, batia o pé no chão.
Minha vontade era me levantar desta mesa confortável, deixar meu café frio de lado, e contar para ela: que isso não vai levar ela a nenhum lugar, que ela tem que tirar esse peso das costas, antes que desabe tudo sob o seu corpo frágil, que a aflição é para os corações dos fracos, os corações fortes não se permitem tal ousadia. Que antes, quando me permiti ser tomado por tais gasturas, quase me perdi, nessa tentativa diária de se encontrar. Contaria para ela que a vida é mesmo feita de desencontros, que quem sabe, viram encontros, que muita coisa se perde nas traduções.
Que o melhor é esquecer. Fingir pra si mesmo que tal cólera não existe, e fingir tanto e tão bem, até o ponto onde seja de verdade. Onde o fingimento vira realidade, e o esquecimento vai ter vez, o brilho eterno de uma mente sem lembranças é uma pequena benção, um presente que se tira do resultado de tanta expectativa.
Pois bem, levantei-me e fui em direção ao caixa. Paguei meu café e abandonei ali aquela alma perturbada, que eu tanto conhecia. Talvez covardia, não sei. Talvez a conformação de que ninguém pode fazer nada por ninguém, é cada um por si, não adiantam os conselhos para os que não querem ouvir, cada um precisa da sua experiência.
Penso que deveria ter ido para que ela soubesse que não está sozinha. Que neste mundo louco, todo mundo ora beira o abismo, ora salta dele com um paraquedas. Tenho a esperança tristonha de que ela não se acabe ali, naquela torta deprimente, naquela tarde morna. Sorrio, e abandono aquela padaria cinzenta, deixando um pedaço de mim para ela, talvez o número do telefone, para que me ligasse se sentisse tal vontade.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Foi e não exitou, como sempre. Agiu por impulso mesmo, o risco, o imperativo: Vai lá!
Por que não?
Uma pena que, apesar de ser assim desde sempre, continua sendo novidade para tantos.
Todos pasmando, incrédulos, como se fosse uma novidade inacreditável.
E mais uma vez, saiu imponente, inabalável, e a negação da verdade oscilando, de um rosto para o outro, rostos abobalhados.
Mas foi assim que foi, e vai continuar sendo enquanto ninguém impedir.
Talvez ninguém queira, talvez eles gostem dessa situação de se fingirem de inocentes.
[eu quis contar uma coisa, mas acho que não consegui .-. - de novo]
Por que não?
Uma pena que, apesar de ser assim desde sempre, continua sendo novidade para tantos.
Todos pasmando, incrédulos, como se fosse uma novidade inacreditável.
E mais uma vez, saiu imponente, inabalável, e a negação da verdade oscilando, de um rosto para o outro, rostos abobalhados.
Mas foi assim que foi, e vai continuar sendo enquanto ninguém impedir.
Talvez ninguém queira, talvez eles gostem dessa situação de se fingirem de inocentes.
[eu quis contar uma coisa, mas acho que não consegui .-. - de novo]
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Keeping it trying with my friends (by with a little help from my friends)
Este post está com 70% de influência de Jenny Tangerine, pedaço de pessoa que vale a pena conhecer^^. (gay)
Mas vale pra todo mundo.
Sabe, minha imaginação é um pouco exagerada. E em certos momentos do meu dia eu dou um pausa e penso: ‘por que desse jeito?’ – e surge milhões de respostas, das mais absurdas possíveis.
Tenho uma porção de pessoas guardadas dentro de mim, dentro de um saquinho vermelho (coração - Socorro). São pessoas das mais diferentes possíveis, de safras diferentes. Todas elas estão ali guardadas, pegando poeira, enquanto me preocupo em caçar pessoas novas para colocar lá dentro (rede de borboleta).
Não, não tem que ser assim.
Tem que ser muito diferente aliás. O quanto já perdi de tempo gostando de quem não gosta de mim, o quanto já me machuquei vendo o que não queria ver, o tanto que doeu, então... e não valeu a dor que foi o abandono de quem já existe.
E é nessa parte que fica a minha mega desculpa para um montão de gente. Um montão mesmo,que sinto muitas saudades, porque escolhi assim. Vou estampar bem grande pra não esquecer: “cuidar de quem sabe cuidar de mim!” – e deixar a conveniência de lado.
E esquecer o egoísmo porco. O egoísmo que não vale um centavo. O egoísmo-trator que passa em cima de flores adoráveis pra semear novos jardins. E assim, nada cresce.
As vezes é por medo. As vezes é por desilusão. Mas as pessoas que realmente valem realmente a pena, a gente encara como fase passageira, e espera passar.
É isso aí, vou voltar a fazer meus cartões coloridos, vou visitar pessoas antigas, e levar as coisas de uma maneira mais tranqüila, sem ter que esperar nada de ninguém.
E espera machuca. E falta causa morte de esperança.
Mas vale pra todo mundo.
Sabe, minha imaginação é um pouco exagerada. E em certos momentos do meu dia eu dou um pausa e penso: ‘por que desse jeito?’ – e surge milhões de respostas, das mais absurdas possíveis.
Tenho uma porção de pessoas guardadas dentro de mim, dentro de um saquinho vermelho (coração - Socorro). São pessoas das mais diferentes possíveis, de safras diferentes. Todas elas estão ali guardadas, pegando poeira, enquanto me preocupo em caçar pessoas novas para colocar lá dentro (rede de borboleta).
Não, não tem que ser assim.
Tem que ser muito diferente aliás. O quanto já perdi de tempo gostando de quem não gosta de mim, o quanto já me machuquei vendo o que não queria ver, o tanto que doeu, então... e não valeu a dor que foi o abandono de quem já existe.
E é nessa parte que fica a minha mega desculpa para um montão de gente. Um montão mesmo,que sinto muitas saudades, porque escolhi assim. Vou estampar bem grande pra não esquecer: “cuidar de quem sabe cuidar de mim!” – e deixar a conveniência de lado.
E esquecer o egoísmo porco. O egoísmo que não vale um centavo. O egoísmo-trator que passa em cima de flores adoráveis pra semear novos jardins. E assim, nada cresce.
As vezes é por medo. As vezes é por desilusão. Mas as pessoas que realmente valem realmente a pena, a gente encara como fase passageira, e espera passar.
É isso aí, vou voltar a fazer meus cartões coloridos, vou visitar pessoas antigas, e levar as coisas de uma maneira mais tranqüila, sem ter que esperar nada de ninguém.
E espera machuca. E falta causa morte de esperança.

segunda-feira, 15 de junho de 2009
Ciúme.Transformando santos em oceanos .
Cansei de ser vetor. Cansei de ser módulo, e de ser trajetória. E de ser índice, ser ponto referencial, ser tração, ser aceleração, ser movimento. Tanto exercício cansa.
Cansa te ver se debatendo. Te ver na janela, à espera, do quê? Ainda guarda esperanças do quê? Cansei de te ver chorando, de te ver resmungando, sair de fininho. Cansei de cuidar de você, de esquecer de cuidar de você, cansei de deixar pra lá. É sempre uma interrogação que acaba ficando pro final: Por quê?
Cadê? Cadê aquela outra mulher?
Eu tenho medo de ficar na janela, à espera, igual a você.
Só de pensar na vista de lá eu fico com arrepios... de ver o que se pode ver, quando tanto faz o que tem pra ver.
Medo de ver. De enxergar. Saber, e todas essas coisas envolvidas.
Chove do lado de fora. Eu penso no sonho que tive. No sonho, existia um quê de perfeição: não que fosse um sonho perfeito, muito longe disso, é um sonho de tragédias, mas alguma coisa ali dentro era perfeito.
Sei que as pessoas são aquilo que querem ser. Sofrem aquilo que querem sofrer. E o sofrimento que digo não é este sofrimento banal, mas o sofrimento de consequência (agora sem trema). É disso que falo.
Caneca de chá. Som das rodas passando no asfalto molhado. Um vento aqui, outro ali. O sonho. – Gente andando,por todas as partes e por todas as direções, e eu. Eu não estou sozinha, estou com você. Você do meu lado, você na minha frente, você me acompanhando, mas não você comigo. Nunca, na mesma palavra. Não de um jeito como já foi.
-----o----
É mais um pesadelo do que sonho. Entendo, por fim, que você me esqueceu, me deixou de lado, pra lá. Me mandou para as baratas.
Ignorou qualquer suposto sentimento que mereça um comentário explicativo.
E eu já me fiz entender.
Chame seu táxi agora.
Cansa te ver se debatendo. Te ver na janela, à espera, do quê? Ainda guarda esperanças do quê? Cansei de te ver chorando, de te ver resmungando, sair de fininho. Cansei de cuidar de você, de esquecer de cuidar de você, cansei de deixar pra lá. É sempre uma interrogação que acaba ficando pro final: Por quê?
Cadê? Cadê aquela outra mulher?
Eu tenho medo de ficar na janela, à espera, igual a você.
Só de pensar na vista de lá eu fico com arrepios... de ver o que se pode ver, quando tanto faz o que tem pra ver.
Medo de ver. De enxergar. Saber, e todas essas coisas envolvidas.
Chove do lado de fora. Eu penso no sonho que tive. No sonho, existia um quê de perfeição: não que fosse um sonho perfeito, muito longe disso, é um sonho de tragédias, mas alguma coisa ali dentro era perfeito.
Sei que as pessoas são aquilo que querem ser. Sofrem aquilo que querem sofrer. E o sofrimento que digo não é este sofrimento banal, mas o sofrimento de consequência (agora sem trema). É disso que falo.
Caneca de chá. Som das rodas passando no asfalto molhado. Um vento aqui, outro ali. O sonho. – Gente andando,por todas as partes e por todas as direções, e eu. Eu não estou sozinha, estou com você. Você do meu lado, você na minha frente, você me acompanhando, mas não você comigo. Nunca, na mesma palavra. Não de um jeito como já foi.
-----o----
É mais um pesadelo do que sonho. Entendo, por fim, que você me esqueceu, me deixou de lado, pra lá. Me mandou para as baratas.
Ignorou qualquer suposto sentimento que mereça um comentário explicativo.
E eu já me fiz entender.
Chame seu táxi agora.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Jenny was a friend of mine
"Enfrente seus medos- ela sempre dizia- e vai descobrir que o medo era na verdade o seu maior prazer."
Qualquer pessoa no mundo que ouvisse a Jenny por mais de dez minutos ouviria essa frase dela.Era o que ela acreditava, dizia, como se fosse a única verdade absoluta desse mundo. Jenny casou-se cedo, com um sujeito do qual não posso falar- isso cabe a outra pessoa- logo ali nos 19 anos, com seu corpo recém-formado, fresquinho, pronto pra ser abusado por burgueses como o seu marido- mas desse sujeito já disse que não falo- e foi um dos seus primeiros dias dos seus 19 anos que encontrou um grupo de teatro chamado "Shakespeare's sisters" do qual virou membro logo que ouviu a proposta. Todos eles são uns farrapos, perto dela, mas não me convém julgar ninguém além do que foi combinado. Ela queria ser atriz (antes pintora, e antes ainda queria cozinhar pra grandes empresários que torravam seu dinheiro em restaurantes chiques, e bem antes disso, queria muito ser freira, ainda bem que criou juízo e não desperdiçou seu magnífico talento presa em um convento) e se dedicou tanto as "Shakespeare's sisters" que logo ali na estréia brilhava feito uma estrela, possuía uma luz própria digna, e ela merecia, havia estudado movimentos nos rostos das pessoas e subia até o alto do seu prédio e ficava
ensaiando ali, sonhando com o dia da estréia e deliciando-se com sua personagem que diremos logo em seguida. As pessoas mais próximas elogiavam cada suspiro que ela dava e era mesmo de se admirar. Quem não se apaixonasse possuía sua sanidade duvidosa.Ela conseguia cravar a atenção até dos gatos de rua, moribundos, atrás de esqueletos de sardinha e não de beleza: mas paravam, admiravam e invejavam não poder fazer o que ela faz. Na estréia das Shakespeare sisters, o teatro não encheu, foi umas 6 dúzias de amadores sem ter o que fazer, mas assim que assistiram o espetáculo, correram à contar a cidade, que logo estava toda ali no teatro pra ver as "Shakespeare's sisters". Mas, apesar de toda a euforia e a realização que Jenny sentia, ela as vezes pensava que de nada valia tudo aquilo. Adoravam, afinal, sua personagem, Andie. Era Andie que brilhava do jeito que todos queriam e não ela, Jenny, e podia sentir calafrios na nuca toda vez que pensava em que estava se tornando, porque logo logo as pessoas começariam a chamá-la de Andie e não de Jenny, já havia pessoas que confundiam as duas e Jenny nada dizia. Quando subia no palco e se maquiava toda, colocava aquelas roupas todas era mesmo Andie: pensava como Andie, admirava como Andie, falava como Andie. Andie vivia dentro dela, disso não havia dúvidas. Mas Jenny não vivia dentro de Andie, e Jenny já estava a ponto de explodir, quando eis que começa a nossa pequena história.
Qualquer pessoa no mundo que ouvisse a Jenny por mais de dez minutos ouviria essa frase dela.Era o que ela acreditava, dizia, como se fosse a única verdade absoluta desse mundo. Jenny casou-se cedo, com um sujeito do qual não posso falar- isso cabe a outra pessoa- logo ali nos 19 anos, com seu corpo recém-formado, fresquinho, pronto pra ser abusado por burgueses como o seu marido- mas desse sujeito já disse que não falo- e foi um dos seus primeiros dias dos seus 19 anos que encontrou um grupo de teatro chamado "Shakespeare's sisters" do qual virou membro logo que ouviu a proposta. Todos eles são uns farrapos, perto dela, mas não me convém julgar ninguém além do que foi combinado. Ela queria ser atriz (antes pintora, e antes ainda queria cozinhar pra grandes empresários que torravam seu dinheiro em restaurantes chiques, e bem antes disso, queria muito ser freira, ainda bem que criou juízo e não desperdiçou seu magnífico talento presa em um convento) e se dedicou tanto as "Shakespeare's sisters" que logo ali na estréia brilhava feito uma estrela, possuía uma luz própria digna, e ela merecia, havia estudado movimentos nos rostos das pessoas e subia até o alto do seu prédio e ficava

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