Mostrando postagens com marcador verdade absoluta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador verdade absoluta. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bandolins

Acendo um cigarro, coloco Bandolins para tocar em looping. Um pequeno ritual. É segunda-feira. O peito dói por êne motivos, depois dos quatro dias chamados de santos e tantas mas tantas aprendizagens, me tirados assim, por ser segunda-feira. Têm tanta informação para ser processada. Como é bonito a entrega.
Deixar levar, deixar viver, deixar acontecer. Deixar que seja bom, deixar que seja ruim. Deixar ser como será.
O cérebro há de avançar e ser mais fiel ao seu dono. Depender das lembranças e do bom julgamento, depender da razão, depender das emoções, é com C de Cinema, C de Culhões e de Coração e de Cabeça que se caminha. Conserva o que há de construtivo.
Não gosto de nada que tem fim. Quero assinar contrato de eterno (como o som daquela àgua correndo) com tudo que seja intenso. Seja os sorrisos desses meninos e a felicidade do botequim. Vamos fechar os olhos e mandar ver, vamos pisotear nossos julgamentos quase sempre errados e vamos.
Vamos que o mundo não deixa de surpreender, mesmo que a solidão seja palpável e real, vamos acreditar que somos juntos e que ainda temos muitos mundos para descobrir.

domingo, 3 de abril de 2011

E então?

Têm momentos que eu queria guardar pra sempre, têm outros que eu não queria que nunca tivessem acontecido. Têm pessoas que transitam, outras que ficam, independentemente da tempestade. Têm apegos e desapegos acontecendo o tempo todo, vários encontros, vários desencontros. Têm coisa que muda, têm outras que não tem jeito. Têm momentos de controle, têm muitos de descontrole. Tem preguiça e tem ansiedade. Tem festa e tem descanso. Tem guerra e tem paz.

Tem de tudo gente! Como é que a gente não se acostumou com a idéia ainda?!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Confissão Imáginária

Com movimentos lentos, sentou-se ao lado do telefone e o pegou sem pressa alguma. Discou os numeros, delicadamente.

-Alô.

-Oi.

-Ah, você! Oi.

-Como é que tá por aí?

- Tranquilo. Mesmo de sempre. Nada de novo.

-Sei.

-E aí?

-Bem. (...) Eu estou bem feliz, sabe? De verdade. Pareço até uma criança boba que se alegra com qualquer careta. Andei pensando um bocado sobre essa felicidade que me pegou de jeito. Ela tem muitos motivos, viu.

-Ah, bom saber então! Eu não tenho motivo pra estar feliz não. Só no 'keep walking' aqui.

-É, né. Foi por isso que te liguei. Será que você consegue me ouvir e ver se eu estou exageradamente feliz, ou se é felicidade mesmo?

-Manda bala.

-Tá tudo uma maravilha lá no trampo. Cada dia tem uma notícia melhor, a coisa tá realmente indo pra frente, sabe? A gente é bom no que faz, a repercursão é boa.

-Hum.

- Tô super bem com o pessoal. A gente criou um companherismo que é novidade para mim. A gente aceita os defeitos uns dos outros, porque aconteceu com a gente também. Parece que tá todo mundo aceitando que é humano por aqui, precisa ver. Esses dias a gente chegou eram umas quatro da manhã aqui em casa. Rolou maior conversa bacana. Não quero esquecer essa conversa.

-Pô, que bom.

-Eu conheci um cara muito legal. Parece até que é de mentira, sabe? Tinha até esquecido como é bom acordar com mensagens de bom dia. Faz realmente o dia ser bom. E foi tudo muito rápido, é intenso do jeito que eu gosto. Bom, vocês vão se conhecer, aí você vai ver.

-Certo, só marcar.

-Esse lugar novo, é fantástico. Como o ambiente muda o humor, cara. Tem que ver como é gostoso aqui. Tá sem defeito algum. Não vejo nadinha errado.

-Good vibration total, hein?!

-Não é? Fico até sem saber como reagir. Fico meio histérica.

-Ah mas cê sabe o que é né? É aquela coisa que acontece. Tipo um alinhamento, manja? As coisas se alinharam pra ti. E toda essa coisa de energia. Coisa boa atrai coisa boa. E atração rola nas coisas pequenas, não é aquela coisa babaca de ficar escrevendo um pedido trinta mil vezes num caderninho de wish list. E querer e correr atrás. Você é boa nisso.
-Sério que é isso que você pensa? É isso que eu penso também. É engraçado né. Felicidade tem mania de parecer fake. Aquela coisa de ser bom de mais pra ser verdade.

-É plenitude.

-Será que dura?

-Ah, dura sim.

-Vamos ver, né. Pô, tava até pensando em comprar um peixe.

-Por quê?

-Sei lá, sempre quis ter um peixe. Dois, na verdade.

-Peixes são tão distantes. Não entendo peixe como pet.

-Ah, sabe o que mais? Tô conseguindo ler e estudar de novo. Só coisa boa, bicho.

-É a harmonia.

-Os hippies estavam certos.

-Os hippies? Certos em quê?

-Essa coisa de paz. Estou em paz.

-Ah, não é? Cê tá me contagiando, viu.

-Tá fazendo o que?

-Tô vendo um filme. Um do Woody Allen. O cara me fascina cada vez mais, um dia vou escrever diálogos como ele. E não vai demorar.

-Vamos beber uma cerveja? Termina de ver o filme aí enquanto eu me arrumo. Te encontro aí na sua casa e a gente vê onde a gente pode ir. Fiz a maior confissão agora, quero saber um pouco da tua vida também.

-Vamos. Não tenho muita coisa pra contar não, mas a gente joga conversa fora, sim.

-Fechou. Até daqui a pouco então.

-Até.

Esperou ele desligar. Ouviu o tuu-tuu do telefone, levantou, aumentou o som e se trocou, sentindo cada pedaço de tecido deslizar, a brisa leve que corria pelas janelas atravessando o corpo, muita luz em todos os lados.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sobre a intensidade das coisas

E, vez ou outra, olho para as pessoas que me acompanham no bar, nos fins de semana, semana cheia e atarefada, e percebo que aquelas pessoas carregam uma intensidade imensa, dá pra enxergar vida saindo da veia de cada um deles, palavras e palavras atropeladas umas pelas outras, copos e cigarros infinitos, até não poder mais. Pessoas essas que ambiciam nada mais e nada menos que viver e viver e viver. É aquela velha história do Carpe Diem.
Lembrei, neste último fim de semana, com tantos apaixonados por cinema, que uma vez comentei com uma amiga que a gente tem que ver os filmes sim, ver muitos sempre, mas viver o máximo e mais intensamente que for possível e que não for também, pra poder ter história para colocar nos nossos. Não que a vida só esteja o bar, não! É que é lá que nossas vidas se reunem para estar juntas e soltar o verbo e poder falar o que bem lhe entender, com pessoas que te entende bem.
E foi nesse cenário que esboçei um sorriso de canto de boca, invísível para os ali presentes, e registro aqui o momento, para lembrar posteriormente que sim, a vida flui decentemente por nossas veias,carne, órgãos e a talvez alma.

sábado, 23 de outubro de 2010

Oi. Eu tentei te ligar, mas você não atendeu. É que eu preciso falar agora, sabe. Falar sem rodeios, sinceramente, como eu só converso com você. Mas você não me atende. Eu estou pensando sobre aquele professor. É tão chocante, não acha?! Ah, não me venha com ironias. Já não suporto mais ironias, elas já não são engraçadas. Não sei... só queria dizer que está tudo bem mesmo, não tenho grandes eventos além dos meus grandes eventos, pequenas sincronias aqui e ali, nada de cair pra trás, nada como a história desse professor. EU estava ouvindo Mutantes hoje, lembrei de você, por isso quis te ligar. Queria conversar com você sobre os Mutantes de novo. Conversar sobre qualquer coisa, conversar. Sinceramente, sem rodeios. Ninguém é sincero, nunca. Nós também não somos sinceros. Acho que só me sinto à vontade com você. Um pouco, nem tanto, as vezes você é arrogante. Deve ser coisa de homem. Mas me conta, como anda da sua vida. Desponta aquele teu tom de voz e olha pro horizonte pra contar que está tudo na mesma. Que o tempo passa, mas nada muda. Têm um quê de poético nesse seu jeito de contar sobre sua vida, eu gosto. Gosto quando as pessoas confiam em mim e me contam seus segredos. Principalmente quando eles parecem ser só pra mim, principalmente quando você quer falar, e não eu ter que perguntar. Conta da sua mãe. Sua avó. Conta dos seus planos pro futuro, conta alguma teoria nova sobre a vida. E a solidão, na mesma? A minha não mudou, não. Nada muda. Só os nossos corpos estão envelhecendo, me parece que você engordou. Olhei numa foto. Eu assisti um filme esses dias, e ele era um daqueles filmes muito bons, que me faz abandonar a técnica e esquecer tudo, sabe? Eu até tive vontade de chorar, mas, bom, você sabe como eu sou. Mas assista esse filme. Lembra daquela teoria que a gente falava, de que só existem vinte pessoas no mundo, o resto é coadjuvante? Voltei a pensar nela, uns casos que te conto com mais detalhes depois. Hahaha, o amor? Poxa, porque você não me atende? Não tenho tempo pra amor. Minha mãe me chamou de surda, de apressada. Disse algum provérbio com bois e cavalos, mas não prestei tanta atenção. Você não me entende?

domingo, 26 de setembro de 2010

Nossos corpos falam em trezentas línguas diferentes o que nunca vamos conseguir falar em português claro.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

For no one

Your day breaks, your mind aches,
You find that all her words of kindness linger on,
When she no longer needs you.
She wakes up, she makes up,
She takes her time and doesn’t feel she has to hurry,
She no longer needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You want her, you need her,
And yet you don’t believe her,
When she says her love is dead,
You think she needs you.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.
You stay home, she goes out,
She says that long ago she knew someone but now,
He’s gone, she doesn’t need him.
Your day breaks, your mind aches,
There will be times when all the things she said will fill your head,
You won’t forget her.
And in her eyes you see nothing,
No sign of love behind the tears cried for no one,
A love that should have lasted years.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um pouco mais de razão pra quebrar mais alguns corações.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fuga n° II

O pequeno deleite de cada fase, precisa de uma lembrança.

domingo, 4 de julho de 2010

Doze horas



(pensei que este dia não podia passar em branco. Sendo a pessoa prática que eu tento ser e vendo tudo friamente, nada de mais, mas bom... eu não sou assim, né? Então, vamos à mais uma visão deturpada de um dia de domingo: )

Que delícia é acordar depois de dormir três horas, depois de ter dormido mal a semana inteira. Que delícia é acordar com um amigo para falar bom dia, comentar sobre o dia anterior, trocar uns comentários sobre nosso futuro dia. Pois bem, fiz um almoço desses bem mamãe, diga-se de passagem que adoro ter tempo para cozinhar, encaro como arte também, picar cebolas, medir o tempero... não é para qualquer um!
E bom, vamos nos arrumar, logo teremos visitas. Me arrumar também é uma arte. Antes não era, mas depois que minha mãe me bombardeou com a crise dela de “minha filha não tem roupas”, ficou bem difícil, um paradoxo que enfrento todos os dias. Pois bem, mal terminei de me vestir, estou ainda colocando os tênis quando chega o amigo distante. Saímos para conversar e tomar uma cerveja logo ali, aqui perto não dá, as pessoas achariam estranho nos ver juntos, vamos para um lugar menos óbvio. Vamos conversar, fala sobre nada, falar sobre músicas que é o meu assunto preferido contigo, vamos ser mais diretos.
            Adoro ser direta.
Logo que me despedi do amigo distante, liguei para a amiga distante, e passamos uma hora inteira dando risada e falando besteiras, como se só estivéssemos dois fins de semana sem botar o assunto em dia. Estas coisas me fazem sentir que é de verdade.
E assim que desligo com ela, meu celular toca, oba, vamos ao teatro, vamos ver o pessoal do trabalho.
Mais uma vez aquele processo de me vestir, e assim que termino, alguém estaciona do lado de fora de casa, mais uma assombração, perdoe por te chamar assim, mas foi algo assim. Tal assombração fica comigo por uns quinze minutos, e foi uma avalanche, uma porção de tapas na cara, vomitou várias verdades e se foi. Era para eu ter te encontrado depois do teatro, mas me perdoe, não deu.
E eis que chego no teatro atrasada. A peça já havia acontecido, mas o que valeu foi a intenção. Olhei para a cara do professor adorado, e ele não pensou duas vezes: agora a gente vai beber em casa! Adoro este sujeito, prático e direto!
E lá fomos nós, conversamos sobre as bizarrices que nos envolvem, fizemos planos para o futuro, bebemos um vinho e comi sua deliciosa torta, descobri mais dois que adoram pizza de atum, e me deixou feliz.
Vou para casa, antes que não tenha mais ônibus, e quando sento no ônibus, vem aquela pequena avalanche de pensamentos...: Mas que dia!
Sentei aqui na cadeira do computador, peguei um cigarro e pensei: Não foi um dia qualquer, foi um daqueles dias que merecem ser lembrados. Pessoas que amo envolvidas, numa oportunidade única, em um dia só. Como já diz um filme, poucos serão os dias que vamos nos lembrar. A maioria são dias rotineiros, que acabam, e ficam por isso mesmo. Mas hoje, hoje eu quero levar comigo para sempre, sempre poder sentar numa cadeira confortável, fumar um cigarro e pensar...: Que dia!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ventura

É assim mesmo, ela chega de surpresa, não pede licensa. Se impõe, e nunca nunca incomoda, você até quer que ela fique mais, afinal, ela te faz sorrir, te faz sentir bem, te faz sentir que viver vale à pena. E ela as vezes demora pra chegar, mas nunca deixa de voltar. Dá vontade até de agradecer, de celebrar o que nem sabemos bem o que é, só uma satisfação grande e um alívio terno.

Na maior parte do tempo, dentro de coisas pequenas, um bilhetinho escondido, um sorriso espontâneo, um carinho inesperado, uma liberdade invísivel, uma música antiga.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É,

Eu nunca mais tomei leite com mel.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tomo #3

Virá, assim que eu conseguir um pouco mais que vinte minutos para o Blog.

sábado, 20 de março de 2010

E aí vai a maior verdade do mundo:


E mais uma postagem alcoolizada.