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domingo, 4 de julho de 2010

Doze horas



(pensei que este dia não podia passar em branco. Sendo a pessoa prática que eu tento ser e vendo tudo friamente, nada de mais, mas bom... eu não sou assim, né? Então, vamos à mais uma visão deturpada de um dia de domingo: )

Que delícia é acordar depois de dormir três horas, depois de ter dormido mal a semana inteira. Que delícia é acordar com um amigo para falar bom dia, comentar sobre o dia anterior, trocar uns comentários sobre nosso futuro dia. Pois bem, fiz um almoço desses bem mamãe, diga-se de passagem que adoro ter tempo para cozinhar, encaro como arte também, picar cebolas, medir o tempero... não é para qualquer um!
E bom, vamos nos arrumar, logo teremos visitas. Me arrumar também é uma arte. Antes não era, mas depois que minha mãe me bombardeou com a crise dela de “minha filha não tem roupas”, ficou bem difícil, um paradoxo que enfrento todos os dias. Pois bem, mal terminei de me vestir, estou ainda colocando os tênis quando chega o amigo distante. Saímos para conversar e tomar uma cerveja logo ali, aqui perto não dá, as pessoas achariam estranho nos ver juntos, vamos para um lugar menos óbvio. Vamos conversar, fala sobre nada, falar sobre músicas que é o meu assunto preferido contigo, vamos ser mais diretos.
            Adoro ser direta.
Logo que me despedi do amigo distante, liguei para a amiga distante, e passamos uma hora inteira dando risada e falando besteiras, como se só estivéssemos dois fins de semana sem botar o assunto em dia. Estas coisas me fazem sentir que é de verdade.
E assim que desligo com ela, meu celular toca, oba, vamos ao teatro, vamos ver o pessoal do trabalho.
Mais uma vez aquele processo de me vestir, e assim que termino, alguém estaciona do lado de fora de casa, mais uma assombração, perdoe por te chamar assim, mas foi algo assim. Tal assombração fica comigo por uns quinze minutos, e foi uma avalanche, uma porção de tapas na cara, vomitou várias verdades e se foi. Era para eu ter te encontrado depois do teatro, mas me perdoe, não deu.
E eis que chego no teatro atrasada. A peça já havia acontecido, mas o que valeu foi a intenção. Olhei para a cara do professor adorado, e ele não pensou duas vezes: agora a gente vai beber em casa! Adoro este sujeito, prático e direto!
E lá fomos nós, conversamos sobre as bizarrices que nos envolvem, fizemos planos para o futuro, bebemos um vinho e comi sua deliciosa torta, descobri mais dois que adoram pizza de atum, e me deixou feliz.
Vou para casa, antes que não tenha mais ônibus, e quando sento no ônibus, vem aquela pequena avalanche de pensamentos...: Mas que dia!
Sentei aqui na cadeira do computador, peguei um cigarro e pensei: Não foi um dia qualquer, foi um daqueles dias que merecem ser lembrados. Pessoas que amo envolvidas, numa oportunidade única, em um dia só. Como já diz um filme, poucos serão os dias que vamos nos lembrar. A maioria são dias rotineiros, que acabam, e ficam por isso mesmo. Mas hoje, hoje eu quero levar comigo para sempre, sempre poder sentar numa cadeira confortável, fumar um cigarro e pensar...: Que dia!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sentimentalismo Barato

Eu acordo. Não, eu desperto. Devagar, vem a percepção: em casa, dormi com a janela aberta, o tempo está nublado. Não deve ser oito horas ainda. Do meu lado, ele me abraça e o faz dormindo. Gosto seco na boca, um pouco de tontura. Lençóis sob as pernas.

E vem de uma vez:

Eu não agüento mais viver de lembranças.

Idealizações, pra quê? Quando se parece ser suficiente o que se tem! Focar na beleza que já existe, e não na que pode ser ou poderia ter sido. Mudar o ‘Eu lembro...’ para “eu vou’ , por que não?

E chega de sentimentalismo barato. Metade das palavras saem vazias, saem à toa. Não precisa ser assim, não precisa mesmo. Tem tempo ainda, as coisas vão mudar, vão ser como tem que ser sem ninguém precisar ficar idealizando nada.

Levantar é difícil. Beber água ou escovar os dentes primeiro? Não dá para abrir mais os olhos. Talvez dormir mais um pouco. Vamos lá, vamos esquecer tudo e começar do começo, agora.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Keeping it trying with my friends (by with a little help from my friends)

Este post está com 70% de influência de Jenny Tangerine, pedaço de pessoa que vale a pena conhecer^^. (gay)

Mas vale pra todo mundo.
Sabe, minha imaginação é um pouco exagerada. E em certos momentos do meu dia eu dou um pausa e penso: ‘por que desse jeito?’ – e surge milhões de respostas, das mais absurdas possíveis.
Tenho uma porção de pessoas guardadas dentro de mim, dentro de um saquinho vermelho (coração - Socorro). São pessoas das mais diferentes possíveis, de safras diferentes. Todas elas estão ali guardadas, pegando poeira, enquanto me preocupo em caçar pessoas novas para colocar lá dentro (rede de borboleta).
Não, não tem que ser assim.
Tem que ser muito diferente aliás. O quanto já perdi de tempo gostando de quem não gosta de mim, o quanto já me machuquei vendo o que não queria ver, o tanto que doeu, então... e não valeu a dor que foi o abandono de quem já existe.

E é nessa parte que fica a minha mega desculpa para um montão de gente. Um montão mesmo,que sinto muitas saudades, porque escolhi assim. Vou estampar bem grande pra não esquecer: “cuidar de quem sabe cuidar de mim!” – e deixar a conveniência de lado.

E esquecer o egoísmo porco. O egoísmo que não vale um centavo. O egoísmo-trator que passa em cima de flores adoráveis pra semear novos jardins. E assim, nada cresce.
As vezes é por medo. As vezes é por desilusão. Mas as pessoas que realmente valem realmente a pena, a gente encara como fase passageira, e espera passar.
É isso aí, vou voltar a fazer meus cartões coloridos, vou visitar pessoas antigas, e levar as coisas de uma maneira mais tranqüila, sem ter que esperar nada de ninguém.
E espera machuca. E falta causa morte de esperança.