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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ain't she sweet

Pequenas belezas de Buenos Aires.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Biological

Caminhavam sem pressa pelo Jardim. Sábado abafado, atmosfera abafada. Ela se distraía com as plantas, as raizes, os detalhes dos troncos das árvores, as cores de um inseto com vida curta. Ele, somente ele próprio sabe sobre o que pensava. Mirando suas duras expressões só sabíamos que não estava ali, estava ali de corpo, mas logo víamos que viajava por suas próprias galáxias, seus próprios planetas infindáveis de questionamento e de falta de paz.
Caminhavam em silêncio. Quem visse de longe, logo acharia bonito. Quem visse de dentro, veria solidão conjunta.

-É um jogo pra você, né?
-Oi?!
-Tudo isso, é um jogo pra você. É por isso que você não se importa tanto. Como se tudo dependesse da sorte. Um ganhador, o resto, Game Over. Mas isso é vida. Game Over não é um simples "Ok, agora vamos assistir um filme, esse jogo era chato mesmo."
- Não penso assim e você sabe que eu não penso assim. Só não gosto de sofrer, como qualquer outra pessoa, e me desprendo fácil, pra não ter problemas. Você deveria relaxar um pouco.
-Eu estou relaxado.
-Queria mesmo que tudo fosse um jogo. Que deixar o jogo pela metade não tivesse tantas consequencias. Mas largar o jogo no meio é motivo para ser um daqueles que "não sabem perder". Bom, até que poderíamos então encarar as coisas como um jogo, com a condição de que no fim, não houvesse ganhadores nem perdedores.
-Então, é isso que você pensa da vida?
-...Acho que é isso, sim.

Sorriram. Ele olhava para as copas das árvores, agora que estavam deitados em um canto, devo dizer, delicioso do Jardim. Se distraía com a luz do sol penetrando através de cada folha das àrvores, chegando ao chão com força. O céu, azul e sem nuvens. Ela, também olhava fixo para a copa das árvores, mas um olhar perdido, de quem está em outro planeta.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bandolins

Acendo um cigarro, coloco Bandolins para tocar em looping. Um pequeno ritual. É segunda-feira. O peito dói por êne motivos, depois dos quatro dias chamados de santos e tantas mas tantas aprendizagens, me tirados assim, por ser segunda-feira. Têm tanta informação para ser processada. Como é bonito a entrega.
Deixar levar, deixar viver, deixar acontecer. Deixar que seja bom, deixar que seja ruim. Deixar ser como será.
O cérebro há de avançar e ser mais fiel ao seu dono. Depender das lembranças e do bom julgamento, depender da razão, depender das emoções, é com C de Cinema, C de Culhões e de Coração e de Cabeça que se caminha. Conserva o que há de construtivo.
Não gosto de nada que tem fim. Quero assinar contrato de eterno (como o som daquela àgua correndo) com tudo que seja intenso. Seja os sorrisos desses meninos e a felicidade do botequim. Vamos fechar os olhos e mandar ver, vamos pisotear nossos julgamentos quase sempre errados e vamos.
Vamos que o mundo não deixa de surpreender, mesmo que a solidão seja palpável e real, vamos acreditar que somos juntos e que ainda temos muitos mundos para descobrir.

domingo, 3 de abril de 2011

E então?

Têm momentos que eu queria guardar pra sempre, têm outros que eu não queria que nunca tivessem acontecido. Têm pessoas que transitam, outras que ficam, independentemente da tempestade. Têm apegos e desapegos acontecendo o tempo todo, vários encontros, vários desencontros. Têm coisa que muda, têm outras que não tem jeito. Têm momentos de controle, têm muitos de descontrole. Tem preguiça e tem ansiedade. Tem festa e tem descanso. Tem guerra e tem paz.

Tem de tudo gente! Como é que a gente não se acostumou com a idéia ainda?!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

I know a room full of musical tunes.
Some rhyme, some ching.
Most of them are clockwork.
Let's go into the other room
And make them work.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tomo 5

É terno, é cheio de esperança,é novo, é com fundo de "You really got a hold on me". Sei o que é, sei como vai terminar, não dá medo nenhum... delicioso!
Sentir o cheiro do ar depois da chuva, sensação impagável. Congela tudo, não quero que acabe.
Acabaram as explosões, e existe um equílibrio entre os atos. Não há exagero, não há insegurança. Mas há aquele comichão, aquela ansiedade boa.
Cinco é um número adorável!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sobre momento ou Diálogo Imaginário

Questionou a cara de paisagem.
-Que está pensando?
-Adivinha só?! Estou lembrando, como sempre.
-Assim imaginei.
-Sinto um pequeno conforto em lembrar. As lembranças a gente só pondera, não muda. O desconforto do presente não existe no que acabou.
-Compreendo. Mas pense um pouco mais, este momento está sendo perdido.
Olhos confusos.
- Acorda. Não perca esse momento. É preciso acabar com essa tristeza.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quando o dia vem varando a alvorada
Antes mesmo de nascer a luz do sol
A beleza nunca é desperdiçada
Existe
Sozinha

Quando a água morna molha nossas pernas
E a areia massageia nossos pés
A beleza sempre é compartilhada
É sua
É minha
Nas manhãs de Itapuã que o vento varre
Os coqueiros já conhecem as canções
Repetidas ou
Repentinas vêm
Consolar o meu coração
As vontades vêm
As saudades vão
Amanhece mais um verão

No calor do sol o céu da boca salga
E o mar na alma acalma o caminhar
Pra que haja areia sal e água e alga
As ondas
Não voltam
Cada dia uma nova eternidade
Para sempre aquela pedra roncará

A aurora se transforma em fim de tarde
De novo
De novo

Quantos risos misturei ao som das águas
Quantas lágrimas de amor molhei no mar
No mais íntimo
Dos mais íntimos
Dos lugares desse lugar
Lugar público
Colo e útero
Amoroso de Yemanjá