Caminhavam sem pressa pelo Jardim. Sábado abafado, atmosfera abafada. Ela se distraía com as plantas, as raizes, os detalhes dos troncos das árvores, as cores de um inseto com vida curta. Ele, somente ele próprio sabe sobre o que pensava. Mirando suas duras expressões só sabíamos que não estava ali, estava ali de corpo, mas logo víamos que viajava por suas próprias galáxias, seus próprios planetas infindáveis de questionamento e de falta de paz.
Caminhavam em silêncio. Quem visse de longe, logo acharia bonito. Quem visse de dentro, veria solidão conjunta.
-É um jogo pra você, né?
-Oi?!
-Tudo isso, é um jogo pra você. É por isso que você não se importa tanto. Como se tudo dependesse da sorte. Um ganhador, o resto, Game Over. Mas isso é vida. Game Over não é um simples "Ok, agora vamos assistir um filme, esse jogo era chato mesmo."
- Não penso assim e você sabe que eu não penso assim. Só não gosto de sofrer, como qualquer outra pessoa, e me desprendo fácil, pra não ter problemas. Você deveria relaxar um pouco.
-Eu estou relaxado.
-Queria mesmo que tudo fosse um jogo. Que deixar o jogo pela metade não tivesse tantas consequencias. Mas largar o jogo no meio é motivo para ser um daqueles que "não sabem perder". Bom, até que poderíamos então encarar as coisas como um jogo, com a condição de que no fim, não houvesse ganhadores nem perdedores.
-Então, é isso que você pensa da vida?
-...Acho que é isso, sim.
Sorriram. Ele olhava para as copas das árvores, agora que estavam deitados em um canto, devo dizer, delicioso do Jardim. Se distraía com a luz do sol penetrando através de cada folha das àrvores, chegando ao chão com força. O céu, azul e sem nuvens. Ela, também olhava fixo para a copa das árvores, mas um olhar perdido, de quem está em outro planeta.
Mostrando postagens com marcador Do dia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Do dia. Mostrar todas as postagens
domingo, 29 de janeiro de 2012
domingo, 3 de abril de 2011
E então?
Têm momentos que eu queria guardar pra sempre, têm outros que eu não queria que nunca tivessem acontecido. Têm pessoas que transitam, outras que ficam, independentemente da tempestade. Têm apegos e desapegos acontecendo o tempo todo, vários encontros, vários desencontros. Têm coisa que muda, têm outras que não tem jeito. Têm momentos de controle, têm muitos de descontrole. Tem preguiça e tem ansiedade. Tem festa e tem descanso. Tem guerra e tem paz.
Tem de tudo gente! Como é que a gente não se acostumou com a idéia ainda?!
Tem de tudo gente! Como é que a gente não se acostumou com a idéia ainda?!
Marcadores:
bom,
conclusões,
desentala,
Do dia,
domingo,
verdade absoluta
terça-feira, 2 de novembro de 2010
I know a room full of musical tunes.
Some rhyme, some ching.
Most of them are clockwork.
Let's go into the other room
And make them work.
Some rhyme, some ching.
Most of them are clockwork.
Let's go into the other room
And make them work.
Marcadores:
bom,
Do dia,
fragmentos,
Gosto muito,
musicas,
só eu entendo
sábado, 23 de outubro de 2010
Oi. Eu tentei te ligar, mas você não atendeu. É que eu preciso falar agora, sabe. Falar sem rodeios, sinceramente, como eu só converso com você. Mas você não me atende. Eu estou pensando sobre aquele professor. É tão chocante, não acha?! Ah, não me venha com ironias. Já não suporto mais ironias, elas já não são engraçadas. Não sei... só queria dizer que está tudo bem mesmo, não tenho grandes eventos além dos meus grandes eventos, pequenas sincronias aqui e ali, nada de cair pra trás, nada como a história desse professor. EU estava ouvindo Mutantes hoje, lembrei de você, por isso quis te ligar. Queria conversar com você sobre os Mutantes de novo. Conversar sobre qualquer coisa, conversar. Sinceramente, sem rodeios. Ninguém é sincero, nunca. Nós também não somos sinceros. Acho que só me sinto à vontade com você. Um pouco, nem tanto, as vezes você é arrogante. Deve ser coisa de homem. Mas me conta, como anda da sua vida. Desponta aquele teu tom de voz e olha pro horizonte pra contar que está tudo na mesma. Que o tempo passa, mas nada muda. Têm um quê de poético nesse seu jeito de contar sobre sua vida, eu gosto. Gosto quando as pessoas confiam em mim e me contam seus segredos. Principalmente quando eles parecem ser só pra mim, principalmente quando você quer falar, e não eu ter que perguntar. Conta da sua mãe. Sua avó. Conta dos seus planos pro futuro, conta alguma teoria nova sobre a vida. E a solidão, na mesma? A minha não mudou, não. Nada muda. Só os nossos corpos estão envelhecendo, me parece que você engordou. Olhei numa foto. Eu assisti um filme esses dias, e ele era um daqueles filmes muito bons, que me faz abandonar a técnica e esquecer tudo, sabe? Eu até tive vontade de chorar, mas, bom, você sabe como eu sou. Mas assista esse filme. Lembra daquela teoria que a gente falava, de que só existem vinte pessoas no mundo, o resto é coadjuvante? Voltei a pensar nela, uns casos que te conto com mais detalhes depois. Hahaha, o amor? Poxa, porque você não me atende? Não tenho tempo pra amor. Minha mãe me chamou de surda, de apressada. Disse algum provérbio com bois e cavalos, mas não prestei tanta atenção. Você não me entende?
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Consistência
Todo mundo é cara de pau.
Marcadores:
Do dia,
o que vem da falta de inspiração,
põe pra fora mesmo,
só eu entendo
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Sensorial
São tantas coisas na cabeça; informações, pessoas, casos e mais casos, dúvidas, discussões, notícias, obrigações. É uma grandeza infinita, nunca para. É bonito, viu.
Pega na cauda desse cometa, e se joga. Não se permita pequenices, não se apegue à tolices, é um desperdício de si mesma, ok?
Pega na cauda desse cometa, e se joga. Não se permita pequenices, não se apegue à tolices, é um desperdício de si mesma, ok?
Marcadores:
Do dia,
my point of view,
põe pra fora mesmo
domingo, 26 de setembro de 2010
Nossos corpos falam em trezentas línguas diferentes o que nunca vamos conseguir falar em português claro.
Marcadores:
conclusões,
Do dia,
domingo,
verdade absoluta
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Tomo 5
É terno, é cheio de esperança,é novo, é com fundo de "You really got a hold on me". Sei o que é, sei como vai terminar, não dá medo nenhum... delicioso!
Sentir o cheiro do ar depois da chuva, sensação impagável. Congela tudo, não quero que acabe.Acabaram as explosões, e existe um equílibrio entre os atos. Não há exagero, não há insegurança. Mas há aquele comichão, aquela ansiedade boa.
Cinco é um número adorável!
Marcadores:
bom,
Cartas,
conclusões,
Do dia,
Momento muito momento,
só eu entendo,
Tomo 5
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Sobre o pouco que sobrou
Estes posts de caráter pessoal me irritam, mas é o que sobrou de mim.
Número um. Sabe, este tudo de triângulos, quadrados, polígonos, tanto-faz-quantos-lados amorosos?! Quem me conhece um pouquinho bem sabe do que eu falo. Eu vivo dentro dessas bizarrices, e não, não sou especial, ao que vejo, todo mundo passa por uma situação dessas vez outra. Mas que chatice! As coisas podiam ser bonitinhas como são nos desenhos da Disney, tenho dito.
Número dois. Minha terrível incapacidade de fluência. Eu só sinto fluencia com o tempo, é como uma língua estrangeira mesmo. Então, se você me conhece há três meses, não espere que eu te trate como se nos conhecessemos há três anos.
Número três. As músicas me dominam, mandam em mim mesmo, tal ato gera consequências absurdas, tão perigoso. Então, perdão aos maltratados. Eu oscilo numa frequencia de quatro minutos, conforme a música do momento, é desesperador.
Número quatro. Penso de mais em vocês, muito mais do que vocês sabem, muito mais do que imaginam. Amo-os incondicionalmente, e vocês precisam saber só isso.
Número cinco, o castelo animado me disse: O coração inconstante é a única constante nesse mundo.
E fico por isso mesmo.
Número um. Sabe, este tudo de triângulos, quadrados, polígonos, tanto-faz-quantos-lados amorosos?! Quem me conhece um pouquinho bem sabe do que eu falo. Eu vivo dentro dessas bizarrices, e não, não sou especial, ao que vejo, todo mundo passa por uma situação dessas vez outra. Mas que chatice! As coisas podiam ser bonitinhas como são nos desenhos da Disney, tenho dito.
Número dois. Minha terrível incapacidade de fluência. Eu só sinto fluencia com o tempo, é como uma língua estrangeira mesmo. Então, se você me conhece há três meses, não espere que eu te trate como se nos conhecessemos há três anos.
Número três. As músicas me dominam, mandam em mim mesmo, tal ato gera consequências absurdas, tão perigoso. Então, perdão aos maltratados. Eu oscilo numa frequencia de quatro minutos, conforme a música do momento, é desesperador.
Número quatro. Penso de mais em vocês, muito mais do que vocês sabem, muito mais do que imaginam. Amo-os incondicionalmente, e vocês precisam saber só isso.
Número cinco, o castelo animado me disse: O coração inconstante é a única constante nesse mundo.
E fico por isso mesmo.
Marcadores:
conclusões,
Do dia,
o que vem da falta de inspiração,
sobre,
tomo 4
domingo, 4 de julho de 2010
Doze horas
(pensei que este dia não podia passar em branco. Sendo a pessoa prática que eu tento ser e vendo tudo friamente, nada de mais, mas bom... eu não sou assim, né? Então, vamos à mais uma visão deturpada de um dia de domingo: )
Que delícia é acordar depois de dormir três horas, depois de ter dormido mal a semana inteira. Que delícia é acordar com um amigo para falar bom dia, comentar sobre o dia anterior, trocar uns comentários sobre nosso futuro dia. Pois bem, fiz um almoço desses bem mamãe, diga-se de passagem que adoro ter tempo para cozinhar, encaro como arte também, picar cebolas, medir o tempero... não é para qualquer um!
E bom, vamos nos arrumar, logo teremos visitas. Me arrumar também é uma arte. Antes não era, mas depois que minha mãe me bombardeou com a crise dela de “minha filha não tem roupas”, ficou bem difícil, um paradoxo que enfrento todos os dias. Pois bem, mal terminei de me vestir, estou ainda colocando os tênis quando chega o amigo distante. Saímos para conversar e tomar uma cerveja logo ali, aqui perto não dá, as pessoas achariam estranho nos ver juntos, vamos para um lugar menos óbvio. Vamos conversar, fala sobre nada, falar sobre músicas que é o meu assunto preferido contigo, vamos ser mais diretos.
Adoro ser direta.
Logo que me despedi do amigo distante, liguei para a amiga distante, e passamos uma hora inteira dando risada e falando besteiras, como se só estivéssemos dois fins de semana sem botar o assunto em dia. Estas coisas me fazem sentir que é de verdade.
E assim que desligo com ela, meu celular toca, oba, vamos ao teatro, vamos ver o pessoal do trabalho.
Mais uma vez aquele processo de me vestir, e assim que termino, alguém estaciona do lado de fora de casa, mais uma assombração, perdoe por te chamar assim, mas foi algo assim. Tal assombração fica comigo por uns quinze minutos, e foi uma avalanche, uma porção de tapas na cara, vomitou várias verdades e se foi. Era para eu ter te encontrado depois do teatro, mas me perdoe, não deu.
E eis que chego no teatro atrasada. A peça já havia acontecido, mas o que valeu foi a intenção. Olhei para a cara do professor adorado, e ele não pensou duas vezes: agora a gente vai beber em casa! Adoro este sujeito, prático e direto!
E lá fomos nós, conversamos sobre as bizarrices que nos envolvem, fizemos planos para o futuro, bebemos um vinho e comi sua deliciosa torta, descobri mais dois que adoram pizza de atum, e me deixou feliz.
Vou para casa, antes que não tenha mais ônibus, e quando sento no ônibus, vem aquela pequena avalanche de pensamentos...: Mas que dia!
Sentei aqui na cadeira do computador, peguei um cigarro e pensei: Não foi um dia qualquer, foi um daqueles dias que merecem ser lembrados. Pessoas que amo envolvidas, numa oportunidade única, em um dia só. Como já diz um filme, poucos serão os dias que vamos nos lembrar. A maioria são dias rotineiros, que acabam, e ficam por isso mesmo. Mas hoje, hoje eu quero levar comigo para sempre, sempre poder sentar numa cadeira confortável, fumar um cigarro e pensar...: Que dia!
Marcadores:
Do dia,
FODA,
Gosto muito,
livre,
Momento muito momento,
musicas,
my point of view,
nostalgia,
põe pra fora mesmo,
tomo 2 ainda.,
tomo 3,
tomo 4,
verdade absoluta
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Maio, vigésimo sétimo
#1: Tomei café da manhã e assisti desenhos animados, como uma criança ( eu acordei cedo).
#2: O último capítulo daquela série, é, eu gosto.
#3: Dia agradável no trabalho. Um aluno pintou o cabelo de verde para imitar este novo mascote da Copa, o outro pintou o nariz de vermelho para falar do da Copa de 98. Depois um bocado de blablablá com o novo teacher, e mais alguns trabalhos legais à noite.
#4: Eu perdi minha chave. Cheguei em casa e não conseguia achá-la. Fiz o velho esquema de ''entrar em casa sem chave'', mas depois não conseguia fechar o portão da garagem. Me joguei em cima do portão e ele não foi. Aí resolvi o problema com uma garrafa de óleo. Foi um alívio interessante. Pensei: ''Isa-Kayo, making shit and fixing it since 1990'' e me senti o máximo.
#5:''Arrumei'' o quarto.
E bom, #6: "Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim"
#2: O último capítulo daquela série, é, eu gosto.
#3: Dia agradável no trabalho. Um aluno pintou o cabelo de verde para imitar este novo mascote da Copa, o outro pintou o nariz de vermelho para falar do da Copa de 98. Depois um bocado de blablablá com o novo teacher, e mais alguns trabalhos legais à noite.
#4: Eu perdi minha chave. Cheguei em casa e não conseguia achá-la. Fiz o velho esquema de ''entrar em casa sem chave'', mas depois não conseguia fechar o portão da garagem. Me joguei em cima do portão e ele não foi. Aí resolvi o problema com uma garrafa de óleo. Foi um alívio interessante. Pensei: ''Isa-Kayo, making shit and fixing it since 1990'' e me senti o máximo.
#5:''Arrumei'' o quarto.
E bom, #6: "Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim"
terça-feira, 20 de abril de 2010
Sujeito do ônibus
Tem um sujeito que entra no ônibus que eu pego, sempre. Não importa a linha, se ele escolhe aleatoriamente é incrível a capacidade de essa aleatoriedade ser...o ônibus onde estou. Pois bem.
Ele sempre entra vendendo Moranguetes. Três por um real. Conta dos dois filhos dele, do desemprego, dos armários vazios da casa dele e da vontade dele de sair do ônibus e passar no mercado para enchê-los. Acredito nele. Ele tem uma cara de dó e sempre está mal vestido. Nunca comprei Moranguetes dele, porém. É que, Moranguetes... já passei dessa fase.
Bom, ele pega ônibus comigo desde o ano passado. Mas dias dessses, eu estava mais no fundo, e ele enconstou em uma das barras e suspirou:
-Tá difícil hoje, hein...
Foi para ele mesmo, não foi para mim não. Aí ele desceu e deve ter entrado em outro ônibus. Sim, o suspiro dele me deixou pensando nele até o fim da viagem, até chegar aqui e escrever aqui. Mas é uma matemática simples: esses Moranguetes rendem um bom dinheiro para ele! Pô, o cara deve ter 40 anos no máximo! E tem uma lábia, puxa vida! Porque, ele pode estar sendo sincero, certo, mas o que ele fala é marketing! Se ele usa a vida pessoal dele para tal coisa, bom... e sim, acredito que existam pessoas na mesma condição que a dele, mas com um emprego mais... fixo, mais registrado. Não é tão díficil assim conseguir um emprego. Um bom, é, mas um emprego não.
A conclusão é que esses sujeitos de trem, de ônibus, eles estão ali porque querem! Porque gera um dinheiro razoável e... é assim, ele vende o produto dele, mas não me apetece. Se ele vendesse algo que me interessasse, eu compraria. Não sou contra eles, mas por trás de todos os cargos de emprego do universo, tem alguém com uma história, e boa parte delas, triste também. A diferença é só que eles não usam isso para gerar mais lucros.
Ele sempre entra vendendo Moranguetes. Três por um real. Conta dos dois filhos dele, do desemprego, dos armários vazios da casa dele e da vontade dele de sair do ônibus e passar no mercado para enchê-los. Acredito nele. Ele tem uma cara de dó e sempre está mal vestido. Nunca comprei Moranguetes dele, porém. É que, Moranguetes... já passei dessa fase.
Bom, ele pega ônibus comigo desde o ano passado. Mas dias dessses, eu estava mais no fundo, e ele enconstou em uma das barras e suspirou:
-Tá difícil hoje, hein...
Foi para ele mesmo, não foi para mim não. Aí ele desceu e deve ter entrado em outro ônibus. Sim, o suspiro dele me deixou pensando nele até o fim da viagem, até chegar aqui e escrever aqui. Mas é uma matemática simples: esses Moranguetes rendem um bom dinheiro para ele! Pô, o cara deve ter 40 anos no máximo! E tem uma lábia, puxa vida! Porque, ele pode estar sendo sincero, certo, mas o que ele fala é marketing! Se ele usa a vida pessoal dele para tal coisa, bom... e sim, acredito que existam pessoas na mesma condição que a dele, mas com um emprego mais... fixo, mais registrado. Não é tão díficil assim conseguir um emprego. Um bom, é, mas um emprego não.
A conclusão é que esses sujeitos de trem, de ônibus, eles estão ali porque querem! Porque gera um dinheiro razoável e... é assim, ele vende o produto dele, mas não me apetece. Se ele vendesse algo que me interessasse, eu compraria. Não sou contra eles, mas por trás de todos os cargos de emprego do universo, tem alguém com uma história, e boa parte delas, triste também. A diferença é só que eles não usam isso para gerar mais lucros.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Foi e não exitou, como sempre. Agiu por impulso mesmo, o risco, o imperativo: Vai lá!
Por que não?
Uma pena que, apesar de ser assim desde sempre, continua sendo novidade para tantos.
Todos pasmando, incrédulos, como se fosse uma novidade inacreditável.
E mais uma vez, saiu imponente, inabalável, e a negação da verdade oscilando, de um rosto para o outro, rostos abobalhados.
Mas foi assim que foi, e vai continuar sendo enquanto ninguém impedir.
Talvez ninguém queira, talvez eles gostem dessa situação de se fingirem de inocentes.
[eu quis contar uma coisa, mas acho que não consegui .-. - de novo]
Por que não?
Uma pena que, apesar de ser assim desde sempre, continua sendo novidade para tantos.
Todos pasmando, incrédulos, como se fosse uma novidade inacreditável.
E mais uma vez, saiu imponente, inabalável, e a negação da verdade oscilando, de um rosto para o outro, rostos abobalhados.
Mas foi assim que foi, e vai continuar sendo enquanto ninguém impedir.
Talvez ninguém queira, talvez eles gostem dessa situação de se fingirem de inocentes.
[eu quis contar uma coisa, mas acho que não consegui .-. - de novo]
Marcadores:
Do dia,
fragmentos,
livre,
Momento muito momento
terça-feira, 9 de março de 2010
Vulnéravel
Eu era tanta coisa.
E sobrou tão pouco. Sobrou tanto pouco, pouco saliente,pouco transbordando. E de tanto transbordar, de tudo, quase que não sobrou nada.
Talvez uma mémoria em um momento de fraqueza, talvez um reconhecimento inválido, uma esperança ansiosa, mas morta.
Tem vezes que a gente prefere o excesso, escolhe a sobra. E descobre no final, quando ele chega, que transbordar foi um erro, foi um suícidio. Foi besteira, foi em vão.
E a música ambiente, na padaria, que você nunca ouviu te faz lembrar de coisas que nunca existiram, e é claro, dói.
"Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time"
A dor do que nunca existiu é a que mais deixa feridas. Mas as distrações rumo ao esquecimento estão vindo, e caso você não as interrompa (e este espaço para você está tão aberto, está gritando o seu nome e implorando de joelhos para que você mude isso, um pouco só de atitude) assim vai ser. E, se assim que quer, assim será.
Eu vou, pra não voltar.
"I have a photograph
Preserve your memories, they're all that's left you"
E sobrou tão pouco. Sobrou tanto pouco, pouco saliente,pouco transbordando. E de tanto transbordar, de tudo, quase que não sobrou nada.
Talvez uma mémoria em um momento de fraqueza, talvez um reconhecimento inválido, uma esperança ansiosa, mas morta.
Tem vezes que a gente prefere o excesso, escolhe a sobra. E descobre no final, quando ele chega, que transbordar foi um erro, foi um suícidio. Foi besteira, foi em vão.
E a música ambiente, na padaria, que você nunca ouviu te faz lembrar de coisas que nunca existiram, e é claro, dói.
"Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time"
A dor do que nunca existiu é a que mais deixa feridas. Mas as distrações rumo ao esquecimento estão vindo, e caso você não as interrompa (e este espaço para você está tão aberto, está gritando o seu nome e implorando de joelhos para que você mude isso, um pouco só de atitude) assim vai ser. E, se assim que quer, assim será.
Eu vou, pra não voltar.
"I have a photograph
Preserve your memories, they're all that's left you"
Marcadores:
conclusões,
Desperate case.,
Do dia,
fragmentos
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Bookends
Time it was, and what a time it was, it was
A time of innocence
A time of confidences
Long ago, it must be
I have a photograph
Preserve your memories
They're all that's left you
A time of innocence
A time of confidences
Long ago, it must be
I have a photograph
Preserve your memories
They're all that's left you
sábado, 20 de fevereiro de 2010
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!!!
Marcadores:
conclusões,
Do dia,
FODA,
Momento muito momento
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Goodbye cruel word...
I'm leaving you today
Goodbye
Goodbye
Goodbye
Goodbye all you people
There's nothing you can say
To make me change
My mind
Goodbye.
(Só para eu não esquecer)
Goodbye
Goodbye
Goodbye
Goodbye all you people
There's nothing you can say
To make me change
My mind
Goodbye.
(Só para eu não esquecer)
Marcadores:
conclusões,
Desperate case.,
Do dia,
Momento muito momento,
nada
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Down em mim - Cazuza
Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De babaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De babaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down
Marcadores:
conclusões,
Do dia,
FODA,
Momento muito momento
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Keeping it trying with my friends (by with a little help from my friends)
Este post está com 70% de influência de Jenny Tangerine, pedaço de pessoa que vale a pena conhecer^^. (gay)
Mas vale pra todo mundo.
Sabe, minha imaginação é um pouco exagerada. E em certos momentos do meu dia eu dou um pausa e penso: ‘por que desse jeito?’ – e surge milhões de respostas, das mais absurdas possíveis.
Tenho uma porção de pessoas guardadas dentro de mim, dentro de um saquinho vermelho (coração - Socorro). São pessoas das mais diferentes possíveis, de safras diferentes. Todas elas estão ali guardadas, pegando poeira, enquanto me preocupo em caçar pessoas novas para colocar lá dentro (rede de borboleta).
Não, não tem que ser assim.
Tem que ser muito diferente aliás. O quanto já perdi de tempo gostando de quem não gosta de mim, o quanto já me machuquei vendo o que não queria ver, o tanto que doeu, então... e não valeu a dor que foi o abandono de quem já existe.
E é nessa parte que fica a minha mega desculpa para um montão de gente. Um montão mesmo,que sinto muitas saudades, porque escolhi assim. Vou estampar bem grande pra não esquecer: “cuidar de quem sabe cuidar de mim!” – e deixar a conveniência de lado.
E esquecer o egoísmo porco. O egoísmo que não vale um centavo. O egoísmo-trator que passa em cima de flores adoráveis pra semear novos jardins. E assim, nada cresce.
As vezes é por medo. As vezes é por desilusão. Mas as pessoas que realmente valem realmente a pena, a gente encara como fase passageira, e espera passar.
É isso aí, vou voltar a fazer meus cartões coloridos, vou visitar pessoas antigas, e levar as coisas de uma maneira mais tranqüila, sem ter que esperar nada de ninguém.
E espera machuca. E falta causa morte de esperança.
Mas vale pra todo mundo.
Sabe, minha imaginação é um pouco exagerada. E em certos momentos do meu dia eu dou um pausa e penso: ‘por que desse jeito?’ – e surge milhões de respostas, das mais absurdas possíveis.
Tenho uma porção de pessoas guardadas dentro de mim, dentro de um saquinho vermelho (coração - Socorro). São pessoas das mais diferentes possíveis, de safras diferentes. Todas elas estão ali guardadas, pegando poeira, enquanto me preocupo em caçar pessoas novas para colocar lá dentro (rede de borboleta).
Não, não tem que ser assim.
Tem que ser muito diferente aliás. O quanto já perdi de tempo gostando de quem não gosta de mim, o quanto já me machuquei vendo o que não queria ver, o tanto que doeu, então... e não valeu a dor que foi o abandono de quem já existe.
E é nessa parte que fica a minha mega desculpa para um montão de gente. Um montão mesmo,que sinto muitas saudades, porque escolhi assim. Vou estampar bem grande pra não esquecer: “cuidar de quem sabe cuidar de mim!” – e deixar a conveniência de lado.
E esquecer o egoísmo porco. O egoísmo que não vale um centavo. O egoísmo-trator que passa em cima de flores adoráveis pra semear novos jardins. E assim, nada cresce.
As vezes é por medo. As vezes é por desilusão. Mas as pessoas que realmente valem realmente a pena, a gente encara como fase passageira, e espera passar.
É isso aí, vou voltar a fazer meus cartões coloridos, vou visitar pessoas antigas, e levar as coisas de uma maneira mais tranqüila, sem ter que esperar nada de ninguém.
E espera machuca. E falta causa morte de esperança.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009
You can have anything you want
O mar vai e vem eternamente. O vento que soprou tantos rostos, balançou tantas árvores. A chuva torrencial.Era um pensamento aleatório, desses com milhares de bifurcações, todas as possibilidades num canto só. E no canto o sorriso.Chuva por cima da cabeça, refresca. O som do mar que te faz levar.E com o pensamento vem a vontade de tudo dominar - um impulso, cheio de vento, cheio de esperança. Cheio de prazer próprio.Vai mar, vai. Leva a onda, traz a onda. Leva embora o vento ruim, traz o bom.Dava até pra ver: como seria? Ia ser incrível. Seriam nossos melhores dias, haveriam milhões de noites, fragmentadas em tantas partes, que dançaríamos em volta de possíveis obstáculos, desviando num passo bonito. A chuva seca, se transforma em mar. Limpa tudo aonde alcanço a visão. Deixa tudo mais bonito. Som do vento cantando bem baixinho, só para mim.Em seguida surge as consequencias: gosto bom na boca. É um salivar diferente, um comichão no estômago, não dá para evitar sorrir. Uma pequena ceguice aqui, devido ao brilho momentâneo. Desfoque.Só de sons foi o momento. O vento, o mar, alguns passarinhos de algum lado. Talvez esteja sol, talvez abra os olhos.Por fim, era a certeza de que daria certo. E a contemplação. Nada é falso, e sim, agora dá para acreditar.
Assinar:
Postagens (Atom)