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quinta-feira, 1 de março de 2012

Um brinde

E então, as coisas chegam ao fim. me lembro de indagar, tempos atrás ( como as coisas eram desengonçadas tempos atrás. Como se eu fosse pequena para os espaços, que agora são grandes) como seria o fim. Teria um fim? Se fosse ter, que fosse um final feliz. Um final onde tudo tivesse sido uma experiência incrível, onde nos sentíssemos engrandecidos por ter conhecido um ao outro, um final de purpurina e de amanhecer, aquela hora que acaba a festa e você tem que dormir, vencida pelo cansaço, mas a noite foi tão alegre, dormiremos um sono justo. E depois quando acordarmos descansados sorriremos satisfeitos, com as lembranças de uma noite agitada e cheia de prazer (e porque não, prazer? Seria hipócrita se não admitíssemos que o ser humano é absolutamente hedonista).

Mas é esquisito. Agora, que o fim chegou, olho para trás e só há cicatrizes. Até ferimentos abertos, expostos para quem quiser meter o dedo ficar a vontade (e ainda seres humanos). Como se houvesse um arrependimento entre nossas trocas existenciais. Como se fosse de nossa preferencia apagar todas as memórias, fingir que nada aconteceu, que tudo o que houve entre a gente foi lixo, merece ser descartado e escarrado.

Volto um pouco na minha própria mente, vamos devagar. Mas é isso então. De nossas vidas, só adquirimos traumas, e murchando vamos, criando uma concha em volta, se escondendo atrás de um muro para evitar contato com ferimentos futuros. Impulsos banidos, espontaneidade é coisa de criança. Eu, como ser experiente, sorrirei casualmente, em intervalos de vinte minutos ou em ocasiões formais onde meu carisma seja um ponto adicional.

Certo, exagerei. Sempre acabo te tratando como robô. Mas conversamos sobre isso, sei que você é ser humano. Talvez, quando você agir como um, eu acredite. Você, que falava tanto de evolucionismo, parece estar atrofiando cada vez mais, e eu estou atrofiando também, estamos todos celebrando a desevolução com nossas atitudes mesquinhas e orgulhosas. Nossos caprichos, nosso poder de descartar seres humanos. Parabéns à nós.

domingo, 12 de setembro de 2010


As noites eram quentes e não havia vento algum. As estrelas se esforçavam para brilhar, a lua, sorria. Mesmo assim, a tempestade acontecia.
Em uma dessas noites, e depois de muito tempo, Abelhinha decidiu fazer uma visita surpresa à Flor, ela sempre gostou das surpresas dele. Eles não se viam há tempos, ele sabia que ela gostaria de uma visita. Nesse dia eles sorriram, e não perceberam que as folhas nasciam uma por uma, calmamente. ‘É bom te ver de novo, Flor.’ ‘Eu não gosto, você mexe com coisas que já foram deixadas de lado’ ‘ Eu sei que errei, eu não queria que o fim fosse assim’ ‘ Nós sempre erramos muito mesmo’.
Ela fitava os sorrisos no canto de seu rosto e não conseguia esconder. Ela entendia perfeitamente, ele sabia que estava fazendo a coisa certa.
Nunca mais viajaram, nunca mais foram à museus, nem ao cinema. Flor não suportava os lugares por onde haviam passado, eram todos carregados de lembranças boas que ela desejou que não tivessem acontecido. Ele tinha aprendido a deixar de ser.  ‘nós podíamos mudar e preferimos deixar como estava, agora estamos aqui, vítimas dos nossos erros, sem saber como se encarar.’ Ele não gostava de quando ela não tinha esperança, ela não gostava de quando ele deixava ela de canto.
Eles se esqueceram, e continuaram afastados. Tantas flores morreram, muitas outras nasceram, eram verdes e vermelhas e roxas, e a luz mudava conforme os dias iam passando. Existiam outros lugares inexplorados, ela se lembrou um dia, e resolveu procura-lo.
‘Vamos, descobri um parque novo, lá as flores nunca morrem’ ‘Você é o tipo de garota que se encaixa no meu mundo. Eu te daria tudo, tudo, se você quisesse coisas.’
O inverno era quente, pouca coisa fazia sentido nesse época do ano. Foram à novos lugares, conheceram uma sala cheia de melodias musicais, lá algumas rimam, algumas ressoam,a maioria delas são mecanismos. Ele inseguro mas cheio de expectativa decidiu fazer o convite:
“Vamos para outra sala
E as faremos funcionar”.
Ninguém entendia como eles entendiam. Eles não sabiam o que fazer mais, sempre souberam tão bem o que ia acontecer, e agora não sabiam, sentados na grama, vendo ela crescer.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Por favor,

não faça de novo. Não me pegue de surpresa, vulnerável, deixa eu me proteger antes de você chegar, deixa eu lembrar que eu esqueci, não posso permitir que entre numa noite de quinta desse jeito, não assopre o meu muro como se ele fosse de areia, não entre nos meus sonhos como se você fosse parte de mim, ainda.

Por favor.

domingo, 4 de julho de 2010

Doze horas



(pensei que este dia não podia passar em branco. Sendo a pessoa prática que eu tento ser e vendo tudo friamente, nada de mais, mas bom... eu não sou assim, né? Então, vamos à mais uma visão deturpada de um dia de domingo: )

Que delícia é acordar depois de dormir três horas, depois de ter dormido mal a semana inteira. Que delícia é acordar com um amigo para falar bom dia, comentar sobre o dia anterior, trocar uns comentários sobre nosso futuro dia. Pois bem, fiz um almoço desses bem mamãe, diga-se de passagem que adoro ter tempo para cozinhar, encaro como arte também, picar cebolas, medir o tempero... não é para qualquer um!
E bom, vamos nos arrumar, logo teremos visitas. Me arrumar também é uma arte. Antes não era, mas depois que minha mãe me bombardeou com a crise dela de “minha filha não tem roupas”, ficou bem difícil, um paradoxo que enfrento todos os dias. Pois bem, mal terminei de me vestir, estou ainda colocando os tênis quando chega o amigo distante. Saímos para conversar e tomar uma cerveja logo ali, aqui perto não dá, as pessoas achariam estranho nos ver juntos, vamos para um lugar menos óbvio. Vamos conversar, fala sobre nada, falar sobre músicas que é o meu assunto preferido contigo, vamos ser mais diretos.
            Adoro ser direta.
Logo que me despedi do amigo distante, liguei para a amiga distante, e passamos uma hora inteira dando risada e falando besteiras, como se só estivéssemos dois fins de semana sem botar o assunto em dia. Estas coisas me fazem sentir que é de verdade.
E assim que desligo com ela, meu celular toca, oba, vamos ao teatro, vamos ver o pessoal do trabalho.
Mais uma vez aquele processo de me vestir, e assim que termino, alguém estaciona do lado de fora de casa, mais uma assombração, perdoe por te chamar assim, mas foi algo assim. Tal assombração fica comigo por uns quinze minutos, e foi uma avalanche, uma porção de tapas na cara, vomitou várias verdades e se foi. Era para eu ter te encontrado depois do teatro, mas me perdoe, não deu.
E eis que chego no teatro atrasada. A peça já havia acontecido, mas o que valeu foi a intenção. Olhei para a cara do professor adorado, e ele não pensou duas vezes: agora a gente vai beber em casa! Adoro este sujeito, prático e direto!
E lá fomos nós, conversamos sobre as bizarrices que nos envolvem, fizemos planos para o futuro, bebemos um vinho e comi sua deliciosa torta, descobri mais dois que adoram pizza de atum, e me deixou feliz.
Vou para casa, antes que não tenha mais ônibus, e quando sento no ônibus, vem aquela pequena avalanche de pensamentos...: Mas que dia!
Sentei aqui na cadeira do computador, peguei um cigarro e pensei: Não foi um dia qualquer, foi um daqueles dias que merecem ser lembrados. Pessoas que amo envolvidas, numa oportunidade única, em um dia só. Como já diz um filme, poucos serão os dias que vamos nos lembrar. A maioria são dias rotineiros, que acabam, e ficam por isso mesmo. Mas hoje, hoje eu quero levar comigo para sempre, sempre poder sentar numa cadeira confortável, fumar um cigarro e pensar...: Que dia!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Thinking about you



Essa música está me enlouquecendo.

I'll never make it alone

-If I fell in love with you
Would you promise to be true

-Oh, darling.
Please believe me.
I'll never do you no harm.

-And help me understand
'cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holding hands

-Believe me when I tell you,
I'll never do you no harm.

-If I give my heart to you
I must be sure
From the very start
That you would love me more than her

-Oh, darling.
If you leave me,
I'll never make it alone.
Believe me when I beg you,
Don't ever leave me alone.

-If I trust in you, oh please
Don't run and hide

-Don't ever leave me alone.

-If I love you too, oh please
Don't hurt my pride like her
'cause I couldn't stand the pain
And I would be sad if our new love was in vain

-When you told me
You didn't need me anymore,
Well, you know, I nearly
Broke down and cried.
When you told me
You didn't need me anymore,
Well, you know, I nearly
Broke down and died.

-So I hope you see that I
Would love to love you
If I fell in love with you

-Oh, believe me, darling.
Oh, darling.
Please believe me.
I'll never let you down.

domingo, 9 de maio de 2010

Será

que sozinha, por seis meses, as coisas iriam funcionar? Que fingir ser o que não se é uma hora virá ser?

Num ponto fixo...

toda a culpa daquelas coisas que eu não sei o que são e não sei porque sinto.