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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Espiral?

E eu tenho esse pensamento que de tão macabro e tão horroroso eu não consigo compartilhar com ninguém. No primeiro dia que ele surgiu, eu pensei: ''Nossa, faz sentido!''
Agora já se tornou o sentido. Tão perigoso.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Junho, vigésimo primeiro.


Ela olhou profundamente dentro dos meus olhos e não disse nada, mas eu entendi. Eu estava confuso com aquela situação, queria explicar que não sabia o que fazer, mas ela não entenderia, não queria entender, ela queria do jeito dela, como sempre. Queria dizer para ela que ia ficar tudo bem, que era fase, coisa passageira, mas não conseguia gaguejar nenhuma palavra, e foi quando ela começou a chorar, e vi na minha frente uma criança, fui partindo para o desespero, vi que era uma criança também, que chora quando a mãe chora, sem entender muito porquê, coisas bonitas da vida.
Disse para ela esquecer, e ela me fitou pausadamente, vi toda a cólera no rosto dela, e senti a culpa que ela queria que eu sentisse. Eu só não sei o que fazer, querida, você sabe que eu nunca fui bom com isso, eu queria dizer, mas ia ficando cada vez mais incômodo. Ela me disse: Por favor, tira esse azedume do meu peito, e com respeito trate minha dor. E eu pensei porque ela parafraseia tanto, porque não consegue usar suas próprias palavras, senti que ela não queria se livrar daquilo e sim que eu a livrasse de tal, e não segurei, disse: Não posso fazer nada, foi quando algo mudou na expressão dela, eu sorri de desespero, vi a esperança das lágrimas dela escorrendo, bochecha por bochecha, lágrima por lágrima. Leva esse sorriso falso embora, ou fale agora que entendes meu penar, Não querida, não há o que fazer.Eu não sei o que fazer, por favor, por favor, vamos ficar bem, esquece isso, não força a situação, deixa pra lá, let it go, Não quero, não sei, vamos discutir, vamos ver no que dá, não gosto do abandono, não sei desistir, dai-me  outro viés de ilusão, pois meu sorriso tu não compras mais com o teu olhar. Você não entende, estou bem, quem não está é você, é só você esquecer e bola pra frente, para de bater na mesma tecla, para de ser burra, você está sendo burra. Não me cobre inteligência, não me cobre racionalidade, gosto de ser humano, gosto de sentir. Mas então eu exliquei: Então, a usura que um dia sufocou minha alegria,
há de ser o que morreu.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Vulnéravel

Eu era tanta coisa.
E sobrou tão pouco. Sobrou tanto pouco, pouco saliente,pouco transbordando. E de tanto transbordar, de tudo, quase que não sobrou nada.

Talvez uma mémoria em um momento de fraqueza, talvez um reconhecimento inválido, uma esperança ansiosa, mas morta.
Tem vezes que a gente prefere o excesso, escolhe a sobra. E descobre no final, quando ele chega, que transbordar foi um erro, foi um suícidio. Foi besteira, foi em vão.

E a música ambiente, na padaria, que você nunca ouviu te faz lembrar de coisas que nunca existiram, e é claro, dói.
"Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time"

A dor do que nunca existiu é a que mais deixa feridas. Mas as distrações rumo ao esquecimento estão vindo, e caso você não as interrompa (e este espaço para você está tão aberto, está gritando o seu nome e implorando de joelhos para que você mude isso, um pouco só de atitude) assim vai ser. E, se assim que quer, assim será.

Eu vou, pra não voltar.


"I have a photograph
Preserve your memories, they're all that's left you"

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bookends

Time it was, and what a time it was, it was
A time of innocence
A time of confidences
Long ago, it must be
I have a photograph
Preserve your memories
They're all that's left you

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Goodbye cruel word...

I'm leaving you today
Goodbye
Goodbye
Goodbye
Goodbye all you people
There's nothing you can say
To make me change
My mind
Goodbye.


(Só para eu não esquecer)

sábado, 30 de janeiro de 2010

She.

Ela acorda todos os dias como você acorda, com pressa, com fome.
As vezes acorda feliz. Outras não.
Ela se esforça dia após dia para sempre conseguir o melhor, quase sempre para ela. De vez em quando, não. E as vezes se arrepende dessas vezes. OUtras não.
Ela lê atrás de algo, como você ensinou. Ela não sabe o quê, mas não cansa de procurar.
Não cansa, não pode se cansar de procurar.
Ela espera sempre o melhor das pessoas para as quais ela deseja o melhor. Quase nunca acontece, porém.
Ela sozinha, é melhor do que com você. Mas ela só quer você, o tempo todo.
Ela se pergunta por quê? E a resposta ela encontra na pergunta.
Quando ela se sente perdida, chove garoa, o céu fica cinza claro.
Mas ela gosta mais das tempestades.
Ela tem esperança no coração. Deseja justiça, deseja paz. E isso é tão vulnerável nela que ela se esquece o tempo todo.
Ela aprende coisas milhares de vezes por dia. As que ela não usa, ela esquece, e as que ela se machucou para aprender, ela nunca vai esquecer.
Ela comprou algumas coisas interessantes, só não sabe para o quê elas servem.
Ela se orgulha da racionalidade, e tem vergonha da emoção.
Ela costuma se distrair com as flores que passam, e isso gera muitos frutos para ela.
Ela se envergonha de muita coisa que fez, mas vai esquecer da vergonha, e vai repetir.
Ela vê as coisas indo e vindo, e se irrita profundamente com isso.
Se ela pudesse, ela te seguraria firme e diria o que você deve fazer. Mas ela não pode.
Ela defende coisas que ela não põe em prática e pratica coisas que ela não defende.
Ela esquece tudo e começa de novo todos os dias.
Ela vê beleza onde não tem, feiura no que tem preconceito.
Ela não tem controle.
Ela se reparte várias vezes.
Ela muda de opinião conforme o que é melhor para ela, como você disse. Ela assume essa verdade.
As vezes, não quer verdade. As vezes quer. E quando você não quer contar, dói. E as vezes ela chora, outras não.
Ela te escreveu uma carta e você não respondeu.
Ela queria que tudo desse certo, e não deu.
Ela pensou de um jeito, e era de outro. Tudo bem, é só continuar.
Algumas questões viram desafio. E ela perde o controle mais uma vez. As vezes isso faz ela sangrar. Outras faz ela desistir.
Sente muito prazer o tempo todo. Assim como você, é isso no fim das contas que importa. Independentemente de como conseguir. E ela não pensa assim.
Ela tem muitas coisas pra te dizer, e acaba dizendo coisas que não quer.
Ela gosta da solidão, mas luta contra. Ela não quer ser aquela estranha que anda sozinha, e sim ser do grupo que aponto e classifical tal.
Ela pensa sobre a angústia e sobre a tristeza. Da alegria e da felicidade ela só se preocupa em sentir.
Ela já atingiu coisas grandes, mas não soube como utilizá-las.
Agora, ela só se preocupa com o estômago.
Ela se deita todos os dias com a vertingem de todas as horas. Nunca se deita sozinha.
Ela sonha tudo que pode sonhar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sentimentalismo Barato

Eu acordo. Não, eu desperto. Devagar, vem a percepção: em casa, dormi com a janela aberta, o tempo está nublado. Não deve ser oito horas ainda. Do meu lado, ele me abraça e o faz dormindo. Gosto seco na boca, um pouco de tontura. Lençóis sob as pernas.

E vem de uma vez:

Eu não agüento mais viver de lembranças.

Idealizações, pra quê? Quando se parece ser suficiente o que se tem! Focar na beleza que já existe, e não na que pode ser ou poderia ter sido. Mudar o ‘Eu lembro...’ para “eu vou’ , por que não?

E chega de sentimentalismo barato. Metade das palavras saem vazias, saem à toa. Não precisa ser assim, não precisa mesmo. Tem tempo ainda, as coisas vão mudar, vão ser como tem que ser sem ninguém precisar ficar idealizando nada.

Levantar é difícil. Beber água ou escovar os dentes primeiro? Não dá para abrir mais os olhos. Talvez dormir mais um pouco. Vamos lá, vamos esquecer tudo e começar do começo, agora.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dear bird

Passo, passo, passo. Pés frios no chão. Tateava as paredes, atrás da luz.
Encontrou.

Acendeu um cigarro e sentou-se na beira da cama. Pensava sobre a insônia. Queria se queixar, mas não tinha para quem. Não gosta de falar com as paredes, dava um ar de maluco. Pensou em ligar para um amigo, só para descontrair a tensão – deveria estar dormindo, e não estar gerava certa culpa - mas o relógio não permitia. O silêncio machucava, pensou em colocar uma música, em escrever um pouco ou procurar um bom livro para insônia. Mas iria terminar o cigarro antes.
Algumas memórias invadiram sua cabeça – foi sem querer- e eram coisas secretas. Coisas que podiam ser terríveis, lembranças que acontecem sem querer. Algo frio incomodava. Algo pesado que estava dentro dele.
Entregou-se de vez: começou a pensar sobre tais memórias. Era quase um crime para ele pensar nessas coisas, machucava. Queria que tivesse sido diferente, mas a culpa não era dele. Era também, talvez pela postura-desamor que era a sua, mas era assim que era, e devia ser aceito desse jeito.
Acabou se perdendo: imagens passando, lembranças vivas, como filmes, passando em sua cabeça. Já não estava sentado no seu quarto, estava sol e era domingo. Angústia. Vontade de ser impulsivo, de esquecer a racionalidade, se não se vigiasse derrubaria uma lagrima. Pensou no telefone mais uma vez. Não seria mal algum. Queria, queria muito, mas estava congelado, de todos os jeitos. Já esquecera o número de telefone, não saberia como dizer alô. Algo se mexia dentro do seu estômago, as mãos foram ficando frias de ansiedade. Afinal, não acordaria tão aleatoriamente e pensaria em algo que já estava mais do que enterrado. E sabia que se ligasse, transcorreria uma conversa normal, nada de mais, seria só um alô. Mas ninguém liga aquela hora da noite para dar um alô, principalmente depois de tanto tempo. Era só pegar o celular, ver o número e ligar... e depois conseguiria dormir tranqüilo, esqueceria aquilo e cumpriria sua rotina no dia seguinte com bom humor, por ter tido uma boa noite de sono.
Uma mão que não parecia a sua, uma mão fria e úmida pegou o celular e ele procurou pelo número. Estava lá. Se pudesse, teria poeira por cima. E discou o número, nem se lembra como. Mal tocou duas vezes,
-Alô?
Como gostava daquela voz.
- Oi.
-... Quem é?

Conversaram por uns três longos minutos, dos quais ele ficou pensando pelas últimas vinte e quatro horas. Não durmira bem, mas se sentia bem. Não tinham conversado nada de mais, ambos ficaram nervosos com a ligação, ambos dissimularam suas sensações, ambos pensaram coisas que não falaram e que se arrependeram muito depois, mas todas essas coisas, ambos haviam entendido também.
“Alimentar alguns impulsos e soltar um pouco o que está contido não é tão ruim assim” – foi o que pensou sem querer, porque não era assim que ele pensava, não era o seu tipo de pensamento.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sobre essa falta de inspiração

Troco os canais há algum tempo. Isso me faz meditar. Existem momentos na sua vida que fazem isso com você, te centram para o estado onde você se encontra, para onde sua vida te levou e quão são você chegou até aqui. E essa falta de inspiração pra viver, é constante, direto.

Mas imaginem vocês: eu quando era jovem, fugi da minha casa para a casa da minha namorada, que jurava que era com quem casaria e teria filhos. Até descobrir que não queria ter filhos, e fugi dela. Fui morar com um tio meu, que morava no interior de São Paulo, e passava o dia fazendo entregas com o seu caminhão, enquanto eu o ajudava para conseguir uma grana pra voltar para onde sempre morei. Nessas viagens descobri como se ouvia música, meu tio sabe dessas coisas, felizmente. Me ensinou o valor do som, depois o valor das letras, enquanto descobria as cidades tão pequenas que existiam entre uma estrada e outra. Coisas que faziam a vida valer a pena.

Depois de quatro meses voltei. Estudei, arranjei um emprego, uma namorada, quase escrevi um livro, comecei a alugar um apartamento, ganhei um cachorro, construí um círculo social quase instável, viajei de novo para encontrar meu tio, dei festas, muitas festas, viajei de novo.

E todas as voltas para me deixar aqui, largado, degustando mais uma vez esse os botões desse controle, de canal a canal, cronometrando os segundos que a minha vida passa.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Caso Urgente:

Urgência de saber esperar.