Mostrando postagens com marcador Cartas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cartas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Tomo 5

É terno, é cheio de esperança,é novo, é com fundo de "You really got a hold on me". Sei o que é, sei como vai terminar, não dá medo nenhum... delicioso!
Sentir o cheiro do ar depois da chuva, sensação impagável. Congela tudo, não quero que acabe.
Acabaram as explosões, e existe um equílibrio entre os atos. Não há exagero, não há insegurança. Mas há aquele comichão, aquela ansiedade boa.
Cinco é um número adorável!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre a insistência das cartas.


Hoje de manhã eu estava tentando arrumar meu quarto, e fui mudar minhas cartas para uma outra caixa, maior e menos acabada, que depois eu vou pintar e fazer algumas colagens para ficar bonita... e dei uma olhada nelas... poxa, é uma coisa tão mágica, isso de cartas. Tenho muita carta de pessoas que nem falo mais, desde que saí da escola 'x', mas é como se dentro daquela caixinha tivesse todo mundo que passou e por algum motivo teve que ir...
O ponto é que escrever cartas tem uma magia inexplicável, você segue todo um ritual: sentar na cama de forma confortável, escolher uma folha, uma caneta, a música de fundo. Caprichar na letra, poder dar ênfase desenhando ou escrevendo com letras garrafais. Enfeitar a carta com qualquer coisa, esperar a inspiração, botar pra fora sem tanto medo... e finalmente escolher ou fazer um envelope, colocar num lugar onde não amasse, e... talvez entregar. Sinto tanta falta disso... prometi pra mim mesma uma vez nunca desistir das cartas, mas decidi porque nunca tinha resposta. A última pessoa com quem troquei cartas aconteceu aquela coisa de 'ok, a gente se vê todo dia e agora você já sabe tudo sobre mim', mas foi tão mágico todo o processo de se conhecer por cartas...
A minha campanha é: se receber uma carta, responda-a! É fácil, faz bem e é legal.
E se alguém quiser trocar cartas comigo, ao dispor =]

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ao Anônimo #025

Saudades de ti.

E esse abandono, como foi?! Me vejo sem você, a caminhar, com uma força que vem não sei de quê, me leva não sei pra onde.
É fácil descobrir que sem você não seria eu que estaria aqui. Sei do quanto me sustentou, com a firmeza tirada de não sei onde. O quanto isso dura e durará.
E essa sombra que (se) nomeia. Não há sombra sem luz, disso eu sei. Quanto mais densa é a somba, mais perto se está da luz, da superfície.
Sonho, com o dia que vou te rever. Acomodados num quanto qualquer, a tentar aceitar a vida bizarra como é, e em como ela te encontrou mo meu camiho e confundiu as silhuetas na penumbra. Rindo, eu te contarei o segredo em brincadeira, sem perceber que quem precisa descobrir sou eu.
E (eu sei que) as coisas mudam?
Do terror, do tédio, da saudade, da angústia e, além de tudo da fraqueza, tive você. Quente, perto, a minlhões de distância. Esse fantasma, cantando pra mim em meus sonhos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Anônimo #004

Você me disse que: os pássaros existem. Que podemos voar. Que somos livres. Que sou um pássaro. Que o céu, é parte do que acreditamos.
Você viu minhas asas nascendo. Soltando, aos poucos do casulo. Assistiu tudo, atento, sem perder um segundo achando surpreendente. Sorriu comigo. Me deu direções. Me contou das maravilhas da pista de cooper gigante. Eu me inclinei pra você. Te ouvia com adoração. Me encantava facilmente pela sua feição simples, sem milhões de enfeites, como tem por aí. E você me abraçava, cada vez mais forte, e eu gostava do teu calor.
Até ele ficar monstruoso.

Quero que se lembre de mim de um jeito confortante. Pra que todo esse atrito?! Pra quê criar esse relacionamento "intragável"?! Sei que certas coisas não se controlam, mas o que não faz bem pra ninguém tem que ser expelido!
Você sabe que eu não vou mudar. Este pássaro, você não pode mudar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ao Anônimo #013

Eu não dizia
Você dizia sim
Eu dizia talvez
Você dizia sim
Eu dizia sim
Você dizia talvez
Eu dizia sim
Você não dizia
Eu disse:
Você.

...
Oi. Como é que cê tá?
É normal se sentir como um animal num zoológico?!
Bom, foco no assunto. Sem desvio de conversa bem assim no começo... preciso me livrar desses hábitos reticentes... mas não gosto de conversas pomposas, de verdade.
De verdade. Foi um alívio sentir um fim, como te contei. É que não me fez muito bem, sabe?! Era um amor reprimido, um grito contido, um samba no escuro!! E duvido que fizesse bem pra você também. Agora que me des-envolvi da coisa, posso te contar como foi.
...
Foi desengonçado. Começou como uma brincadeira, não joguinhos e táticas, mas as de criança mesmo. Só que cresceeu e me absorveeu de uma maneira absurda! A ponto de me perder aos domingos e me encontrar com você sem saber porquê!
Era bom, até. Era diferente, me deixava medieval. E eu gostava de me sentir daquele jeito, e fui deixando ser.
Não era tão óbvio como é agora. Eu falava, todos confirmavam, eles riam, e gozavam, porque percebiam, me diziam, e eu negava. Perto de você eu era mesmo infantil, o que me irritou e encantou. Todo meu orgulho e individualismo eu guardava numa mala, e uma vulnerabilidade me assaltava, e eu gostava dessa brincadeira sem mecanismos.
Tudo porque você me cantou seu encanto.
Confesso que me escondi muitas vezes em baixo da cama porque tinha visita estranha. Você não foi atrás, e causava os desencontros.
Mas mesmo assim era bom.
Vi que mudei, troquei muitas perdições por carinho, por alegria, fiquei calma aos acasos e até achava graça, era puro! E me lidei tão bem com isso! Sei que é quando essas coisas acontecem que tudo faz sentido, a poesia, a folia...
...
Aí você veio me falar dessa paixão inesperada por outra pessoa.
Eu quis, então, me diminuir, para diminuir a situação. Quis me defender, mas não tinha armas medievais. Empapucei a vulnerabilidade de embriaguez. Embrulhei tudo e escondi, longe de mim, sem vontade de jogar fora.
Recuperei o sopro, não me revoltei. Já estava habituada a saudade ( que até é bom, melhor do que caminhar vazio) que amortecia o tempo. E tinha esperança, mesmo porque a única coisa que quis te desejar era que você se encontrasse.
E você me ensinou milhões de coisas, não tinha porque me desesperar.
Você me assustou várias vezes, voltando sem saber porquê.
No fim, só guardo o sonho disso tudo. Os sonhos, .
Acordei. É outro dia.
...
P.S.: Que fique bem claro, quis ser piegas(aaaah, essa palavra é muito Lindolfo). Essa não é a Isa que vocês conhecem, eu sei. Não fiquem triste, estou aqui. Mas foi tudo sincero. Essa coisa de... deixar levar, deixar ser como será é também assumir riscos, olha aí o resultado.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ao Anônimo #001

'Vai chover de novo, deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar,
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus, mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim, Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez
?Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez,
Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade "





Oi. Tudo bem? Por aqui vai tudo em ordem. Como vai você? Muitas novidades?
Ontem me peguei pensando em você. A mim parece estranho, e sei que não queria que fosse (ainda não perdi a "sinceridade ácida"), mas é.
Deu até vontade de voltar no tempo.
[...]
Como chegamos a este ponto, hem? Você era tudo pra mim. Realmente, te amei como ninguém mais o fez. Talvez, seja nesse espaço vazio de agora que entre sua revolta com o novo jeito que me fiz.
Eu lembro de risadas, de pipoca, de ficar te esperando com medo de ficar sozinha, a noite.
Hoje é você quem soluçã,na janela do banheiro, sozinha. Só que eu não chego depois das nove.
Fico pensando como seria se fosse diferente. Eu seria a mesma pessoa? Você seria?! O que acha?! Eu sinto na boca um gostinho de certeza que não. Talvez fosse mais infeliz e você mais feliz, ao jogar uma moeda pro alto, ver ela oscilando os lados, estando só quando parar.
Sei que é difícil pra você, mas o erro é teu. Nunca te pedi que me comprasse um "golden pack" com uma vida pronta dentro, pelo contrário, nem acredito mesmo que seja essa sua função. Acredito que, se tivesse sido você mesma e me servido de exemplo, teria feito melhor o teu papel. e você ainda vem me contar que eu não posso ter tudo, não.
Não quero tudo.
Não quero nada, já disse que não quero nada.
Existe um abismo gigante entre a gente, e se algum dia tiver vontade, mergulharei. Mas por enquanto, nada me chama, namda me atrai, nem mesmo o encanto da entrega.
Talvez quando você aprenser a separar nossas vidas. Confiar nos meus próprios julgamentos.
Sei que, de tudo, ficou quase nada. Você me feriu tanto, e eu te feri tanto que o desgaste na carne fica visível. A carne é trêmula.
Mas olha só, quando você quiser me ver de novo, saiba que a casa é sempre sua (venha sim).
(Fico ansiona só em pensar no que você pode dizer quando perceber que sem voucê sou mais feliz)
De melancolia, saturei. Estou atrás do Carnaval.
E é tudo um questão de interpretação, e se os eixos estão enferrujados, sua idiosincrasia vai te manipular, te corroer, e você vai me culpar, e eu vou perder a paciência, e vou gritar.
E você vai sorrir, se virar, fingir que está bem, pra poder chorar.
Dear, há muito de metafísica em não pensar em nada. E sei que te chateia essas palavras difíceis, mas é muito mais simples que no dicionário.
Pra muitas delas, basta o entendimento. Em vez de questionar o existência delas, deveria apenas lê-la e ' hum, faz sentido', e então deixá-las soltas no texto, sem cutucar.
Aprende a gostar de ti, me procura, e então, a gente pode sentar na mesa de um bar e conversar.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ao Anônimo #000

Bom dia. Imagino que agora esteja no seu novo paraíso, hehe.
Ok. Sendo direta e curta, eu sinto mesmo a sua falta. Não pelo fato de não te ver há tempos, mas por ter te (ou me) perdido na correria das mudanças. Mas já diria mamãe, não adianta chorar pelo leite derramado, e como você mesmo diria, os erros precisam ser aprendidos (para não acontecerem de novo [adoro parênteses]) e reparados.
Mas tem uma vulnerabilidade tão intensa nisso tudo, e tanto sentimento em jogo que dá medo de chegar perto. E com segurança, sei que toda ela é da minha parte. Você com esse seu porte de soldado sempre à posto, de um jeito até confortante, não demonstra nenhuma hesitação, nenhuma fraqueza, não demonstra se quer surpresa...
Você me avisou tantas vezes... me ensinou, contou como era com você... mas não sei, tenho problemas com teorias, só aprendo com tapas na cara mesmo, e chamo de experiência depois...só não é de todo ruim mesmo. É cruel da sua parte pegar minhas fraquezas, subvertê-las e colocá-las como razão para o abismo diário que eu vivo de pensar e sentir. Cruel mesmo.
Na verdade, o que me entristece também é a superficialidade que nos ronda. Conversar com você hoje em dia e como orbitar um planeta desconhecido, familiar, mas desconhecido, e nem ousar ultrapassar além da órbita, parece mesmo perigoso!
Você surge as vezes, me pergunta por onde andei, e com aquele sorriso-máscara-mecânico eu te conto como eu me desesperava (e você: sonhava) e parece que nada mudou, mas tem um vazio tão grande!
Sonho, porque é meu conforto, e porque não parece tão terrível o sonho dos lúcidos, viver de magia, se é que você me entende.
Acho que nunca tivemos uma conversa de igual pra igual. É sempre essa mistificação de deus, você no pódio, e eu anotando suas lições aqui em baixo... você em cima, me ensinando, me resgatando...
Vai ver, o acaso entregou alguém pra lhe dizer o que qualquer dirá...
Não sei, acho que, uma vez que me abro realmente para alguém, a ponto de compartilhar minhas vergonhas sem nenhum repúdio, não quero que seja tão fácil me livrar assim dela.
E a parte esperançosa da Isa, que existe sem abalos, deseja que tudo isso seja um capítulo de um desencontro. =)
Ê cabeção. Você não sabe cuidar de ninguém!