
Caroline tem doze anos, três meses e um dia. Ela, desde pequena não gosta de coisas verdes (que chamam de vegetais por aí) e de coisas fritas. Ela adora comidas com aspecto gosmento, como por exemplo, polenta.
Caroline simplesmente ama polenta.
Ela gosta de ficar olhando as pessoas passando na rua em dias chuvosos, como o de hoje, do seu apartamento. Assim, tudo que ela vê quando se pendura na janela são guarda-chuvas visto de cima, dançando timidamente nos andares abaixo.
Na escola algumas professoras confundem seu nome, e ela corrige e se ofende quando isso acontece.
Agora, enquanto eu escrevo isso, ela está sentada no sofá da sua casa nada confortável, lendo uma revista sobre animais-marinhos. E enquanto fica ali, vendo as baleias brancas que pesam mais do que vinte Caroline juntas, as coisas conspiram ao seu favor.
Seu pai, no trabalho, digita letrinhas e números no cubículo onde trabalha, para poder pagar as contas da sua casa, e acaba de descobrir um jeito de ganhar um pouco mais de dinheiro no fim do mês, o que ele investirá colocando Caroline no seu tão pedido curso de desenho, que Caroline aproveitará como nenhuma outra criança de doze anos de lá e onde mais tarde conhecerá Pedro, com quem irá trocar uma maçã e de cuja maçã aflorará uma parceria por toda vida.
Caroline simplesmente ama polenta.
Ela gosta de ficar olhando as pessoas passando na rua em dias chuvosos, como o de hoje, do seu apartamento. Assim, tudo que ela vê quando se pendura na janela são guarda-chuvas visto de cima, dançando timidamente nos andares abaixo.
Na escola algumas professoras confundem seu nome, e ela corrige e se ofende quando isso acontece.
Agora, enquanto eu escrevo isso, ela está sentada no sofá da sua casa nada confortável, lendo uma revista sobre animais-marinhos. E enquanto fica ali, vendo as baleias brancas que pesam mais do que vinte Caroline juntas, as coisas conspiram ao seu favor.
Seu pai, no trabalho, digita letrinhas e números no cubículo onde trabalha, para poder pagar as contas da sua casa, e acaba de descobrir um jeito de ganhar um pouco mais de dinheiro no fim do mês, o que ele investirá colocando Caroline no seu tão pedido curso de desenho, que Caroline aproveitará como nenhuma outra criança de doze anos de lá e onde mais tarde conhecerá Pedro, com quem irá trocar uma maçã e de cuja maçã aflorará uma parceria por toda vida.
E nesse momento, Pedro está assistindo um documentário sobre os insetos noturnos e ficando chocado com a complexidade de coisinhas tão pequenas. Enquanto Pedro assiste o documentário, sua mãe está numa lojinha de tintas para quadros, onde foi comprar suas tintas e viu um pequeno estojo de acrílicas para crianças, e pensou no Pedro.
Penso aqui no Pedro e na Caroline e no talento que eles vão desenvolver. Enquanto isso, escrevo uma história que não sei direito como vai acabar, mas só penso no talento que insisto em desenvolver. Fico empolgada com a possibilidade de escrever algo para crianças aqui, mas isso ficaria para mais tarde, assim que tivesse certeza que um casal com um talento muito desenvolvido estivesse prontos para ilustrar uma história infantil.
6 comentários:
!!!
e eis o famigerado destino.
Muitas são as maçãs conciliadoras =)
Ótimo texto, Isa.
Beeeijos.
isa
que texto legal^^
sab, naum eh querendo ser chata nm nada...mas parece q vc escreveu,de uma isa perdida no espaço q ainda acredita em amor premeditado...bonito
Heheuhue... dentro da Isa cabe Isas suficientemente inocentes pra isso, hohoho.
Isa, provando que eu já vi seu blog (que aquele dia você perguntou e eu até achei que se chamava "um e uma" :O), farei um comentário ;)
Caroline e Pedro vão crescendo juntos, amigos inserparáveis, até a adolescência. Nesta época eles descobrem que têm inúmeras diferenças que antes nem imaginavam, e isto fica um pouco inconveniente, pelo simples fato de adolescentes acharem muita coisa inconveniente. Dependendo da cabeça dos dois, vai que um deles faz algo que deixa o outro puto? Não conseguirão relevar na hora, irão brigar e arranjarão novos amigos. Um dia a mãe de um propõe mudar de casa e por causa desta briga sem nenhum bom motivo, nem Pedro nem Carol tentam mudar a opinião da mãe e acaba mudando, por fim.
O tempo passa, os dois ficam lembrando um dos outros e quanto mais tempo passa mais cresce o arrependimento, a saudade e um descobre que a falta do outro doi mais do que eles podem suportar. Nessa hora eles não podem fazer nada, pois o que foi feito foi feito. Terão que esperar uma responsabilidade para poder correr atrás do tempo perdido, porque agora não tem como achar um ao outro. Crescem mais um pouco, arrumam certa estabilidade suficiente para poder correr o risco de jogar tudo fora e reencontrar a mais antiga e bela amizade que tiveram. Quando um chega ao outro descobre que eles deram rumo a própria vida. Arrumaram casa, emprego e talvez alguma família.
Isto acontece aos montes. Claro que não exatamente assim, mas na essência é exatamente assim. As pessoas fazem algo e que se foda o resto, pois o mundo continua girando e a vida continua... ela pode mudar. Claro, o mundo nunca pára de girar. Mas as pessoas normalmente esquecem que qualquer esfera que gira, um dia ou outro ela vai estar no mesmo ponto.
Mas tomara que a Carol se dê bem. Animais marinhos me fascinam.
Duvido que isso aconteca a eles. Duvi-dê-o-dó!
Postar um comentário