A gente deve conhecer muita gente mesmo durante uma vida. Em apenas 8058 dias, me aconteceu de ter conhecido uma boa porção deles. Alguns, se pensarmos em porcentagem, muito poucos deles, eu converso com alguma frequencia, mas 98% não tenho a mínima idéia do que acontece. E tampouco me interessa.
Não é que eu acredite que existe um momento raro em nossa vida em que cruzamos com pessoas e depoi qs de tudo que se tem pra viver juntos, acaba. Minha descrença em qualquer superstição não me deixa acreditar nisso. Mas é algo por aí.
O aspecto das pessoas que você conhece muda conforme você muda.
Quero envelhecer. Quero sim, viver mais cinquenta anos. Cansei de ter pressa. A pressa tem me feito viver menos o presente, e olha só, que garantia me deram de que eu teria algo mais além do presente?
Não digo que devemos sair por aí em bacanais e derretendo nossos cérebros em festas sem fim. É mais aprender a curtir o momento. Curtir uma boa refeição, uma viagem de ônibus. Irritar-se pelo trânsito é irrelevante. Esses vinte minutos que vou passar a mais no ônibus são um presente, quem sabe ler um livro, quem sabe observar algo curioso pela janela.
É algo que tem se mostrado cada vez mais difícil para mim. Ando meio obcecada por futuro.
Não adianta nada envelhecer com dureza. Temos que ter a rigidez e a leveza de um bambú.
Não perder o amor por si mesmo. E fora de cogitação sentir pena de si mesmo. Não existe nada mais triste. Existir, sem cuidar antes de si mesmo, é existência nula.
Viajar, nunca deixar de viajar. Não se pode negar a energia que existe no novo.
Não ter princípios trancados a sete chaves. Ou seja, ter minhas crenças, mas não fazer delas verdade imutável. Porque não é.
Ou seja, é mas fácil ser rude, é mais fácil se fechar para o mundo. É mais fácil não se esforçar para ser uma pessoa melhor.
Ah sim. Antes de qualquer coisa, manter a esperança.
Um pouco clichê, um pouco de tudo que se ouve diariamente em qualquer conto de fadas. Mas tudo aprendido letra por letra.
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